29/12/2009

O sacrifício de Serra - por Eduardo Guimarães


Ainda, sobre a mídia, o jornalista Eduardo Guimarães em seu blog http://edu.guim.blog.uol.com.br/ , escreveu excelente matéria intitulada "O sacrifício de Serra", abordando o dilema do Governador José Serra em assumir a candidatura à Presidência da República. Vale a leitura.

Um trecho:

" Foram dois anos (2005 e 2006) de noticiário massacrante e incessante em todos os meios de comunicação de massa. A mídia fez tudo que era possível e até o impossível para destruir Lula e o PT, subvertendo leis, promovendo censura do contraditório, inventando notícias etc. Ao fim de 2006, o povo foi às urnas e disse que não acreditava nessa mídia e reelegeu aquele que ela pintou como um bandido."
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Lambança exemplar da mídia. Toda a mídia (Caso Sean)

Só um dedinho: mais uma lambança da mídia:

Lambança exemplar da mídia. Toda a mídia

Por Alberto Dines em 29/12/2009

Observatório da Imprensa

Espetáculo canibal

A idéia de vestir o garoto com a camisa da seleção de futebol é prova cabal de um marketing emocional inadmissível. Aberrante. Sean foi preparado para ser fotografado e esta fotografia deveria tocar a alma brasileira: isto só acontece por meio do futebol em anos de Copa do Mundo.

Sean só poderá ser protegido se a parte sadia da imprensa americana (cada vez menor e menos atuante) criar uma onda para preservar sua privacidade. A mídia americana mais sensível – ou talvez a parte menos paranóica da blogosfera – tem condições para forçar David Goldman a controlar o seu narcisismo e também a sua ambição (desvendada pelo negócio com a NBC), obrigando-o a manter-se longe dos holofotes e dos flashes.

Leiam a matéria completa:  Lambança


27/12/2009

Stanley Jordan faz show para 17 pessoas em SP - iG Música / Notícias - IG


Stanley Jordan faz show para 17 pessoas em SP
O professor de guitarra Felipe Cavalcanti, de 28 anos, passou boa parte do domingo em ônibus e trens. Mais precisamente, uma hora e meia para ir (e provavelmente outra hora e meia para voltar) do Morumbi até Guaianases, no extremo leste de São Paulo - e tudo isso debaixo de uma insistente garoa. Tudo isso para ver o americano Stanley Jordan, um dos maiores guitarristas de jazz do planeta.
Jordan foi a principal atração da mais recente edição da Quebrada Cultural. O evento, inspirado na Virada Cultural que acontece na região central, leva diversas atrações culturais à periferia paulistana, sempre com entrada gratuita. Neste final de semana, o festival aconteceu em dois locais: além de Guaianases, na zona leste, também no Grajaú, no extremo sul da capital paulista.
Era de se esperar que a presença de um dos maiores guitarristas do mundo, num show gratuito e numa área carente de atrações culturais, atraísse um grande público. Mas não foi isso que aconteceu na Praça de Eventos de Guaianases, nome imponente que batiza uma espécie de estacionamento às margens do Ribeirão Itaquera: pouco antes de sua apresentação começar, havia exatamente 17 pessoas na plateia. Isso mesmo, 17.

A





Público de 17 pessoas espera Stanley Jordan tocar

Felipe Cavalcanti era uma delas. Junto com os amigos Kátia Arteiro e Carlos Alberto, atravessou a cidade inteira só para ver o guitarrista. Eram parte da metade do público que claramente era fã de Jordan. A outra metade era formada por curiosos. "A gente queria que tivesse mais gente aqui. Mas quem está aqui, está de coração", afirmou o mestre de cerimônia da festa, pouco antes do show começar.




22/12/2009

Réquiem para o Estado Mínimo



  Chico Barreira
Estamos nos despendido da coluna Quem tem medo de Míriam Leitão. Em seu lugar entra Constituinte já, um tema mais atual e urgente. A coluna anterior fora criada num momento em que julgamos que era necessário romper com alguns paradigmas neoliberais que inibiam nosso pensamento. Agora que a experiência da vida real, neste pós Crise Americana, indica que pretender um estado mínimo além de tolice é um suicídio (a menos que haja uma adesão coletiva ao Anarquismo) e num momento em que Obama fortalece o Estado para salvar seu país dos descalabros provocados pelo Mercado livre leve e solto, nos parece que insistir neste tema é chover no molhado.
Os próprios neoliberais já não falam mais nisso. E até mesmo a Miriam preferiu cuidar agora da Ecologia enquanto os tucanos, em peso, revoam na tentativa de renegar seu passado neoliberal.
Finalmente, vimos, ontem (21), o presidente Lula ser aplaudido numa assembléia de empresários depois de dizer que o o Estado tem que ser forte, o que ele não pode é ser intruso.
Sendo assim nos despedimos de Miriam, uma profissional bem intencionada, vítima, ela própria, dos axiomas implícitos que ajudou a difundir.
No parágrafo abaixo, leremos pela última vez, neste blog, a abertura da coluna que está sendo extinta.

Quem tem medo de Miriam Leitão?

Míriam Leitão é um paradigma do modo de pensar neoliberal que, durante três longas décadas, impôs políticas e filosofias de vida (principalmente de consumo) de forma tão avassaladora que . . . 

Leia o texto no
Blog Fatos Novas Novas Idéias

18/12/2009

Copenhague anuncia o Crepúsculo do Capitalismo


Image via Wikipedia
O texto que aqui transcrevo parcialmente, é um dos melhores que li este ano. O seu autor Chico Barreira, jornalista experiente, mostra a nossa imprensa preconceituosa. Como eu, sigam no twitter o @chicobarreira

Parte I
A Bolívia é uma nação Aymara. Mas o Jabor e o Jô não têm a menor noção do que é isto.

Como nos velhos filmes B americanos, vou começar esta história adaptando um bordão que o protagonista dizia em off, mais ou menos assim: só conheço dois tipos de homem, o otário e o vencedor.

Então minha crônica começa deste modo: só conheço dois tipos de homem, o que conta e o que faz a História . Entre os que contam, há pândegos como o Jabor que só vêem a parte superficial e gaiata da coisa. Entre os que fazem, vou falar, hoje, do presidente boliviano Evo Morales.

E já que a linguagem é cinematográfica, façamos um flashback:

Em 1975, o Cláudio Abramo me chamou lá da sala dele, uma espécie de aquário incrustado na redação da Folha de São Paulo. Então, sem deixar de rabiscar um pedaço de papel, disse apenas: Você vai para a Bolívia. Parece que vão derrubar o Banzer. Eu disse tá legal e fui saindo, quando ele gritou: Olha, meu velho, sei que . . .  leia a íntegra: Chico Barreira


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01/12/2009

Correio da Cidadania - Marina e o Monstro

Escrito por Rodolfo Salm
28-Nov-2009

Recentemente, Marina Silva causou-me novamente grande decepção ao afirmar publicamente que "não há como fugir do aproveitamento energético do rio Xingu", em referência à construção da hidrelétrica de Belo Monte, ou "Belo Monstro", como o projeto também é conhecido em Altamira. Numa versão mais detalhada da notícia divulgada no site Amazônia, ela teria dito que não há como o Brasil fugir da "exploração sustentável" do Xingu, "já que precisa apresentar ao mundo metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa". Sendo preciso, porém, que "a construção de hidrelétricas preveja um programa de desenvolvimento sustentável que dê governança sustentável" ao empreendimento.

É surpreendente que ela siga argumentando nessa linha enquanto o seu programa de desenvolvimento sustentável para o asfaltamento da rodovia Cuiabá-Santarém não tenha sido sequer implementado e que, com o processo de asfaltamento, os desmatamentos já estejam explodindo na região, o que já acontecia quando ela estava no governo. Naquela época, quando, em momentos de desaceleração da economia, eram registradas quedas nas taxas de desmatamento, ela atribuía o fato ao "aumento da fiscalização", mas quando as taxas cresciam culpava o aquecimento da economia. Justamente como segue fazendo o seu sucessor.

A idéia da construção de hidrelétricas na Amazônia como alternativa às termelétricas e como forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa é outro equívoco da ex-ministra. É mais fácil visualizar os gases expelidos pela combustão de carvão ou derivados de petróleo, mas o apodrecimento da matéria orgânica causado pelas grandes inundações das barragens gera gases muito mais danosos para o aquecimento global.

Estudos do professor Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e de outros cientistas respeitados de. . .   

leia na íntegra esse texto:
Correio da Cidadania


27/11/2009

Correio da Cidadania - Battisti: ‘se decisão de Tarso Genro foi legal, Supremo não deveria se intrometer’

Escrito por Gabriel Brito e Valéria Nader  27-Nov-2009
Na semana passada, o STF voltou a concentrar as atenções em torno de uma decisão sua, no caso a de deferir pela extradição do ex-militante de esquerda italiano Cesare Battisti. Mesmo com a decisão por parte do ministro da justiça Tarso Genro de conceder o refúgio, as pressões do lado italiano acabaram levando a uma apreciação pela corte brasileira sobre a legalidade da concessão. Agora, a decisão final cabe ao presidente Lula, que possui autonomia para tomar decisão diferente da justiça se assim decidir.

Para comentar o assunto que divide opiniões dentro da própria esquerda, o Correio da Cidadania conversou com o Promotor de Justiça aposentado Antonio Visconti, membro também do Movimento Ministério Público Democrático. Buscando se desacoplar de certa partidarização de opiniões, Visconti se apóia nas questões jurídicas para formar uma opinião.

Sobre os pontos mais polêmicos, acredita que a decisão do STF deveria ter caráter vinculante, ou seja, de obrigar o presidente Lula a extraditar Battisti após a decisão dos magistrados. Por outro lado, acredita que o ato do ministro em conceder refúgio só deveria ser apreciado pela corte em caso de flagrante ilegalidade ou falta de ‘razoabilidade’.

Correio da Cidadania: Afora a polêmica insuficiência de provas, há um debate ferrenho, à esquerda e à direita, sobre o caráter político ou não dos crimes que foram cometidos por Battisti. Destacam-se, dentre outros, os argumentos de que, à época dos crimes, a Itália era uma democracia, o que desconfiguraria o caráter político dos crimes. O que pensa?

Antonio Visconti: Primeiramente, digo que tenho acompanhado o assunto mais por intermédio dos jornais, de maneira que não estudei profundamente a questão legal da extradição. Vejo que há uma divergência enorme, haja vista a apertada margem da votação no Supremo. Mas a argumentação que mais me impressionou foi a do ministro Rubens Ricupero, em que ele lança a seguinte pergunta: "o Brasil daria a condição de refugiado aos assassinos de Gandhi, Kennedy, Martin Luther King?". Assim, a simples classificação do crime político não basta para que se dê refúgio a alguém.

Leia na íntegra esse texto no CORREIO DA CIDADANIA




25/11/2009

Aliado da Globo é o campeão das vaias na Confecom - Escrevinhador

Rodrigo Vianna, é jornalista. Em seu blog : ESCREVINHADOR , comenta sobre política, mídias, etc... Traz essa matéria sobre a Confecom, que para quem como eu, não é grande conhecedor do assunto, consegue enxergar quão importante é, e quantos interesses estão e jogos. (MA)

Passei o fim-de-semana na Assembléia Legislativa de São Paulo, a acompanhar a etapa paulista da Conferência de Comunicação (Confecom)*. Foi um processo ríquissimo. Lá não estavam só jornalistas e empresários de comunicação. Não. Parece que a sociedade brasileira (ou, ao menos, seus setores mais organizados) despertaram para um fato: a comunicação é assunto importante demais para ser deixado nas mãos (apenas) dos jornalistas. Ainda bem.

Como em todos os Estados, houve escolha de delegados pelos três setores: sociedade civil, setor governamental e setor empresarial (hipocritamente chamado de "sociedade civil empresarial").

Na semana passada, escrevi aqui que os grandes empresários (ligados às "teles" e ao grupo Bandeirantes) tentaram dar um golpe: queriam excluir pequenos e micro empresários da delegação que vai a Brasilia - http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/tim-oi-e-telefonica-querem-dar-golpe-na-confecom-elas-ja-entraram-para-o-pig-vamos-reagir.

Serra atirou contra a Confecom: colheu a vaia em São Paulo

Só que os pequenos fizeram barulho, bateram o pé, ameaçaram ir pra Justiça... E aí as "teles" recuaram. Na última hora (pressionadas pelo governo Lula, é bom dizer), aceitaram que os pequenos tivessem 20 representantes. As"teles" e a Band ficaram com 64 representantes.

Interessante notar: São Paulo foi o único Estado (até agora) que elegeu representantes empresariais não-alinhados com o grande capital. Uma vitória estratégica. Por que?

Pelo regimento da Confecom, qualquer proposição, para ser aprovada na etapa nacional, em Brasília, precisará cumprir dois requisitos: votos de metade mais um do total de delegados e (atenção!) pelo menos um voto em cada setor representado (empresarial, sociedade civil e govenamental).

Os 20 micro e pequenos empresáriso eleitos por São Paulo, portanto, poderão ter um papel decisivo. Certamente


Os dilemas da comunicação no Brasil - Carta Maior




Os proprietários dos grandes meios de comunicação no Brasil defendem, entre seus ideais, a liberdade de expressão, a pluralidade, a competição e o livre mercado. No entanto, o poder midiático no Brasil está concentrado nas mãos de um pequeno grupo de famílias e suas respectivas empresas, que dominam o sistema de produção e difusão de informações e detém a imensa maioria dos recursos de publicidade. Se fossem coerentes deveriam defender uma revolução capitalista na comunicação brasileira, com mais proprietários, mais veículos, mais produtores de comunicação, produtos de melhor qualidade, consumidores mais exigentes e descentralização dos centros produtores. O artigo é de Joaquim Ernesto Palhares.
Joaquim Ernesto Palhares

Discurso feito pelo diretor da Carta Maior, Joaquim Ernesto Palhares, na mesa que debateu "Princípios da Comunicação", no segundo dia da Conferência Estadual de Comunicação de São Paulo:

“O setor da comunicação no Brasil não reflete os avanços que ao longo dos últimos trinta anos a sociedade . . . 

Leia mais Carta Maior


20/11/2009

Cacique Cobra Coral no Senado - Escrito por Raphael Garcia - @Tsavkko

Não tenho como objetivo discutir a seriedade ou não da Fundação Cobra Coral (ver  no blog abaixo indicado, a notícia no final da postagem).

De família espírita que sou - mas ateu - devo, no mínimo, respeitar a instituição, mas o que não posso é aceitar a falta de noção, de decência, respeito e de tino político da DemoTucanalhada ao convocar para depor ou dar explicações sobre o blecaute da semana passada tal instituição.

Em primeiro lugar salta aos olhos a indecência de convocar uma entidade religiosa para qualquer coisa que seja dentro de uma casa pública, do Senado Federal. O Brasil é laico, as explicações e análises de entidades religiosas não valem de nada - ou não deveriam valer - enquanto para que alguma explicação seja dada ou análise seja feita, estas instituições se valham de artifícios não científicos ou de cunho religioso, se valendo da fé.


Com todo respeito que . . . Leia + Blog do Tsavkko ,

o texto mostra o rídiculo papel da oposição, que quer confundir o "blecaute" com o denominado apagão (racionamento) que viveu o Brasil há dez anos.

03/11/2009

Tássia Regino escreve sobre CORA CORALINA

Este ano se comemora os 120 anos de nascimento da escritora Cora Coralina, que nasceu Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, na Cidade de Goiás em 1889 e faleceu em Goiânia em 1985. Em sua homenagem o Museu da Língua Portuguesa está exibindo a mostra " Cora Coralina: coração do Brasil",  que ficará em exibição até o dia 13 de dezembro e eu fui ver. A mostra é pequena para a obra de Cora Coralina, pseudônimo que adotou a Aninha, mas traz muito do universo de Mulher simples, doceira de profissão, que teve uma vida bem mais agitada do que a média das mulheres do seu tempo, e que apesar de ter vivido longe dos grandes centros urbanos, e mesmo da educação formal, produziu uma obra poética muito rica. Falando sobre quem é Cora Coralina, ela dizia de si: "Sou mulher como outra qualquer. / Venho do século passado / e trago comigo todas as idades. (...) Sou mais doceira e cozinheira / do que escritora, sendo a culinária / a mais nobre de todas as Artes: / objetiva, concreta, jamais abstrata / a que está ligada a vida e a saúde humana."

A exposição ocupa o 2º andar do museu e é composto por lindas imagens do universo pessoal de Cora (fotos de fachadas de casas de Goiás Velho, paredes de adobe, o mítico casarão da ponte e os doces feitos por ela) e trechos de suas poesias. Tem um vídeo com declarações da própria Cora Coralina e documentos inéditos, como os manuscritos dos seus diários, originais de seus livros e correspondências trocadas com grandes escritores brasileiros, como Jorge Amado e Drummond.

É de Drummond, aliás, um dos textos mais bonitos sobre Cora, publicado no "Caderno B" do "Jornal do Brasil" de 27de dezembro de 1980, e que está na mostra, onde ele diz que "Cora Coralina, para mim, é a pessoa mais importante de Goiás, mais do que o governador, as excelências, os homens ricos e influentes do Estado. Entretanto, uma velhinha sem posses, rica apenas de sua poesia, de sua invenção, e identificada com a vida como é, por exemplo, uma estrada."

Eu trago ela a vocês hoje, por meio dos seus versos.  Abraços, Tássia Regino

   

Alguns versos soltos da exposição:

   

"Entre pedras que me esmagam

Montei a pedra rude dos meus versos"

   

"Eu sou estas casas encostadas

Cochichando umas com as outras"

   

"Eu sou a velha mais bonita de Goiás"

   

"No acervo do perdido,
no tanto do ganhado
está escriturado:
- Perdas e danos, meus acertos.
Lucros, meus erros"

   

ASSIM EU VEJO A VIDA


A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

  

31/10/2009

É Tempo de Saci


Mais do que nunca, é tempo de Saci. É preciso falar de Saci, ver Saci, entender Saci. Afinal, hoje as pessoas estão se esquecendo, não só do Saci, mas da Mula-sem-cabeça, assombrações, Curupiras, Mães d´água, Boitatás e outros bichos .
Nas escolas (trabalho numa APAE), as professoras conseguem acabar com a magia desses seres encantados, colocando-os como matéria de prova. Imagina, fazer prova de Saci, palavra cruzada de Saci, exercícios de português de Saci, dever de casa de Saci, que horrível.
Isso é coisa de gente doida da cabeça, que nunca viu Saci, não acredita em assombração e acha que Mula-sem-cabeça é mentira. Outro dia, fui falar de folclore para uma sala de 4ª série do ensino fundamental e pedi uma definição do que seria uma lenda, eles responderam: lenda é um monte de história mentirosa que o povo conta p'ra gente, p'ra pôr medo. Grande engano, eu disse, pois, eu provo que não é mentira. Tenho até foto da Mula-sem-cabeça e quem quiser, digo e provo.

Ismael P. Siqueira
Pouso Alegre - MG


30/10/2009

Cutrale devolve terras griladas

Escrito por Roberto Malvezzi
29-Out-2009

Num gesto único na história brasileira, a Cutrale vai devolver as terras públicas que grilou para plantar laranja. Segundo uma pessoa que ocupa cargo decisivo, "mais importante que sete mil pés de laranja derrubados, são as cem mil famílias de brasileiros que estão na beira das estradas". O único condicionante da empresa é que as terras sejam destinadas à reforma agrária, dando preferência às famílias que ocuparam o lugar dias atrás.

Para maior surpresa, admitiu que é inconcebível que, "num país de 8,5 milhões de km², haja tantas pessoas sem um lugar para trabalhar e até mesmo para morar".

Com esse gesto, continuou, "contribuiremos para fazer uma justiça histórica nesse país, já que desde a chegada dos portugueses, a terra tornou-se um pesadelo para nossos índios, negros e pequenos camponeses. Queremos, de uma vez por todas, superar essa injustiça histórica, criar a paz no campo e que essa paz se estenda também por nossas cidades".

Para concluir, afirmou que "espero que todas as pessoas e empresas que grilaram terras públicas, como aquelas do Pontal do Paranapanema, ou na Amazônia, ou em qualquer outro canto do Brasil, repliquem o nosso gesto, devolvendo ao país o que é do país.

Afinal, todos os brasileiros têm direito a um lugar digno para viver, sem precisar de favores governamentais. Além do mais, uma vez feita a justiça no campo, não vamos mais precisar de ocupações de terras".

O gesto da Cutrale, sem dúvida, é histórico e pegou de surpresa todos aqueles que querem criar uma CPI para investigar o MST. Afinal, ao reconhecer que o primeiro crime cometido foi a grilagem das terras, não há mais por que buscar culpados onde eles não existem.

Roberto Malvezzi (Gogó), ex-coordenador da CPT, é agente pastoral.

Correio da Cidadania






25/10/2009

Da Agência Carta Maior


O ponto de saturação

Ataques ao governo Lula fazem parte da paisagem jornalística brasileira. Tornaram-se previsíveis como os acidentes geográficos; irremediáveis como o dia e a noite. Naturalizaram-se, a tal ponto que já se lê os jornais pulando essas ocorrências, como os olhos ignoram trechos vulgares de caminhos rotineiros. O que mais espanta, porém – e a cobertura da viagem do São Francisco reforça esse desconcerto - não é a crítica , mas o tom desrespeitoso desse jornalismo. Com a aproximação das eleições de 2010, ansiedade pelo fracasso recrudesceu. A tal ponto ela se tornou caricatural que já aparecem os primeiros sintomas de saturação. O artigo é de Saul Leblon.

Saul Leblon

“Alojamento de Lula tem risoto, uísque e roda de viola até a madrugada.” Sob esse título auto-explicativo, a Folha [edição de 16-10] resumiu em uma retranca o espírito da cobertura oferecida aos . . .

Leia o artigo: Ponto de Saturação


10/10/2009

A cruzada covarde de Demétrio Magnoli

por Eduardo Guimarães

 No domingo, foi no programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes; no dia 29 de agosto, no programa do Jô Soares. Em cerca de uma semana, o sociólogo e geógrafo Demétrio Magnoli apareceu nos dois programas fazendo sua cruzada inglória contra o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado no mês passado pela Câmara dos Deputados.Magnoli, na verdade, concentra-se nas cotas para negros e indígenas nas universidades. É o "golden boy" da mídia nessa questão.  . . .
Leia na íntegra Cidadania.com - UOL Blog

Este blogueiro deixou de ver o programa Canal Livre, depois da surra que os "sabichões do Saad" tomaram do Stédile (MST).

A política por trás da escolha de Obama [Como agem os Neocons]

Comentário do leitor Sr. Gerhard Erich Boehme - (moderado)

O Brasil teve homens ilustres como o Engº andré Pinto rebouças, que tinha como meta um país desenvolvido, hoje temos pessoas que querem um páis dividido, dividindo os brasileiros pela etnia da qual descendemos. Vivemos atualmente, por conta do atual ocupante do Palácio do Planalto o capitalismo de xxxxxxx e o socialismo de privilegiados. Agradeço o comentário do leitor Gerhard, que aqui manifestou sua posição em relação ao post acima: A cruzada covarde ...

07/10/2009

MST acusa Cutrale de grilagem de terras da União


Image via Wikipedia
Após imagens divulgadas pelos principais jornais televisivos do país mostrando um trator dirigido por integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) derrubando plantações de laranja da empresa Cutrale, a justiça concedeu liminar de reintegração de posse à empresa da fazenda Santo Henrique, na divisa dos municípios de Iaras e Lençóis Paulista, em São Paulo. O MST lançou nota dizendo que o terreno na verdade pertence à União.

Leia + Contraditório

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03/10/2009

Lula bate a Madrid



Em seu derrotismo, a Folha de S.Paulo perdeu

Por Zé Dirceu
A cobertura da Folha de S.Paulo em todo...

A cobertura da Folha de S.Paulo em todo o decorrer da disputa relacionada à escolha da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016 (disputada por Chicago, Madrid, Rio de Janeiro e Tóquio) destoou flagrantemente dos demais veículos da mídia.

A do Folhão sempre foi na linha de criticar gastos, e de nunca acreditar que era possível a realização dessa Olimpíada no Brasil, ao contrário do presidente Lula (leia nota acima), das nossas autoridades esportivas e dos governantes e lideranças do Rio que se jogaram na disputa e sempre acreditaram que era possível a vitória.

Essa, Folha, você perdeu!

Leia : Um espaço para discussão do Brasil



29/09/2009

CRISE EM HONDURAS Por Luciano Martins Costa

As liberdades seletivas
Comentário para o programa radiofônico do OI, 29/9/2009

A crise política em Honduras começa a deixar claras algumas diferenças entre os jornais brasileiros. O uso de expressões como "governo golpista" ou "governo de facto" esclarece o que cada veículo considera como a normalidade democrática ou o desvio institucional. Mas o noticiário deixa muito a desejar no que se refere à necessária orientação do leitor no meio da enxurrada de acontecimentos e declarações.

Uma questão que foge às discussões gerais: se Manuel Zelaya é o presidente de direito, deposto por um ato de força, sua presença na embaixada brasileira em Tegucigalpa não seria um fato favorável à volta da normalidade?

Observando-se os três jornais brasileiros de circulação nacional, que tratam de assuntos gerais, nota-se maior predisposição do Globo em apoiar a posição do governo golpista – ou interino, conforme a tendência de quem vê.

Os títulos das reportagens, o vocabulário empregado e as escolhas dos declarantes mais destacados revelam que o jornal carioca só não a . . .

Leia o texto na íntegra: As liberdades seletivas


18/09/2009

A lógica perversa do racismo15/09/2009

Tomei conhecimento desse texto de FLÁVIA CERA através de um tweet de @maria-fro. Leia na íntegra (link abaixo).

No blog do PSDB do Rio Grande do Sul se pode ler esse post intitulado “Arreios à mão, para domar Stela”. O texto aponta o tratamento que deve ser dado a deputada Stela Farias que está a frente da CPI que investiga o governo de Yeda Crusius. A revista Rolling Stone desse mês traz uma entrevista cuidadosa e bem feita com Marina Silva, entretanto acompanhada de uma charge absolutamente ofensiva: Marina Silva está pendurada em um cipó com o rosto de macaco. Ambos os casos são sexistas, evidentemente. O último, além disso, expõe fortemente uma marca racista. Não vejo razão de Marina Silva ser transfigurada em um macaco. Se a intenção era explicitar sua defesa da Floresta Amazônica, ou era ilustrar o codinome dado a ela por Ziraldo de “doce senadora da floresta”, ou qualquer outro motivo que a vincule a defesa do meio ambiente, a ilustração é muito infeliz. Marina Silva é, evidentemente, negra. Ela se declara assim. Não bastou a palhaçada que envolveu Danilo Gentili ao comparar negro com macaco para parar com essas “piadinhas”. E, é claro, que se pode alegar dezenas de desculpas, dizer que não se pensou nisso, que. . .

Leia na íntegra:A lógica perversa do racismo « Sexismo na política


11/09/2009

Golpe Militar no Chile - 11-09-1973

Para lembrar o golpe militar no Chile, em 11 de setembro de 1973, este poema de Mario Benedetti
 

"ALLENDE"
 
Para matar al hombre de la paz                                             
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla,
para vencer al hombre de la paz                                                         
tuvieron que congregar todos los odios
y además los aviones y los tanques,
para batir al hombre de la paz
tuvieron que bombardearlo hacerlo llama,
porque el hombre de la paz era una fortaleza

Para matar al hombre de la paz
tuvieron que desatar la guerra turbia,
para vencer al hombre de la paz
y acallar su voz modesta y taladrante
tuvieron que empujar el terror hasta el abismo
y matar mas para seguir matando,
para batir al hombre de la paz
tuvieron que asesinarlo muchas veces
porque el hombre de la paz era una fortaleza,

Para matar al hombre de la paz
tuvieron que imaginar que era una tropa,
una armada, una hueste, una brigada,
tuvieron que creer que era otro ejercito,
pero el hombre de la paz era tan solo un pueblo
y tenia en sus manos un fusil y un mandato
y eran necesarios mas tanques mas rencores
mas bombas mas aviones mas oprobios
porque el hombre de la paz era una fortaleza

Para matar al hombre de la paz
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla,
para vencer al hombre de la paz
tuvieron que afiliarse siempre a la muerte
matar y matar mas para seguir matando
y condenarse a la blindada soledad,
para matar al hombre que era un pueblo
tuvieron que quedarse sin el pueblo.
 
Mario Benedetti


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09/09/2009

O dia em que Jango prendeu o cabo Anselmo




Em março de 1964, Anselmo foi preso quando tentava penetrar - e falar - na reunião do Automóvel Clube. Esse episódio tem sido ignorado até hoje, pois nunca interessou à mídia, cúmplice do processo golpista desde o início. Quem me reviveu o episódio agora, com detalhes preciosos que expõem o repúdio de Jango à indisiciplina que enfraquecia o governo na área militar e encantava os golpistas e a mídia, foi o coronel Juarez Mota - à época capitão e ajudante de ordens do presidente, hoje aposentado, 75 anos de idade, e vivendo em Porto Alegre. O artigo é de Argemiro Ferreira.

A veemência com que, na entrevista ao Canal Livre da Rede Bandeirantes, o notório cabo Anselmo (José Anselmo dos Santos), de olho numa indenização como "perseguido político", tentou negar que já era agente infiltrado (e provocador) da direita ANTES do golpe de 1964, não consegue contestar o depoimento enfático do delegado Cecil Borer em 2001 - conforme o excelente texto (talvez definitivo) assinado por Mário Magalhães na “Folha de S.Paulo”, a 31 de agosto de 2009.

Estou me metendo nessa discussão por ser assunto que me apaixona desde que participei, há pouco mais de três décadas, de uma reportagem de investigação da revista “Playboy”, conduzida pelo jornalista Marco Aurélio Borba, meu amigo (e editor nacional de “Opinião” no período em que dirigi a redação), que morreria poucos anos depois, num acidente em Brasília. Ouvi depoimentos para a revista no Rio, enquanto mais jornalistas faziam o mesmo em outros estados (não tenho aquele número da revista, mas seria bom se alguém pudesse informar ao menos o mês e o ano, entre 1977 e 1979, pois ainda acho que existem ali dados relevantes).

Lei o texto na íntegra : Carta Maior


08/09/2009

Incapaz de gerenciar a saúde, governo paulista inicia seu desmonte definitivo. Escrito por Gabriel Brito

Escrito por Gabriel Brito
05-Set-2009

No início desta semana foi aprovado na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) o Projeto de Lei Complementar (PLC) 62/2008, que permite a entrada das chamadas Organizações Sociais na assunção de diversos serviços da área de saúde. A nova legislação vai de encontro à tendência de entrega dos hospitais públicos à iniciativa privada, como já mostrado pelo Correio, política que tem marcado a gestão tucana no Estado desde os anos 90.

Repelido por entidades da sociedade civil, trabalhadores e sindicatos do setor, o projeto contou com todo o apoio da base governista, sendo aprovado por 55 votos a 17 contrários, que foram contabilizados pelas bancadas do PSOL, PC do B e PT. Na visão, ao menos declarada, dos entusiastas do projeto, a entrada de ditas entidades aumentará a eficiência dos atendimentos, o acesso e até mesmo o rendimento dos funcionários, mesmo diante do fato de que estes passarão a gozar de estabilidade zero e terão seus direitos trabalhistas reduzidos.

Em suma, discurso idêntico ao de todas as demais privatizações e terceirizações em estradas, telefonia, energia, ainda que com a plena constatação do público acerca da precarização nas condições de trabalho, da queda de qualidade no serviço e do aumento exorbitante de tarifas, a exemplo da explosão das tarifas de pedágios em estradas construídas pelo Estado.

"A aprovação do projeto preocupa, pois se fala em ampliar a atuação das OS no estado, mas antes esse sistema precisava ser repensado, melhorado e principalmente ser mais fiscalizado e transparente", disse ao Correio a promotora pública Ana Trotta Yarid, que entrará com Ação de Inconstitucionalidade contra o projeto. "A lei não visa aprimorar nada, apenas abrir caminho para a entrada das organizações", completa.

Leia + no
Correio da Cidadania


31/08/2009

Candidata a santa - Por Luciano Martins Costa - Observatório de Imprensa

Comentário para o programa radiofônico do OI, 31/8/2009


A imprensa cobriu com intensidade a filiação da senadora Marina Silva ao Partido Verde. E já deixa sinais de como pretende apresentar a ex-ministra do Meio Ambiente aos leitores e eleitores: tanto nos jornais como nas revistas publicadas no fim de semana, ela aparece como uma coadjuvante na disputa eleitoral, capaz de tirar votos principalmente da provável candidata da aliança governista, a ministra Dilma Rousseff.

Claramente, a imprensa quer mostrar Marina Silva como a senadora honesta, defensora da floresta e dos animais – a "Marina imaculada", como a apresenta a revista Veja na entrevista das páginas amarelas. Mas a senadora deixa claro, na própria entrevista, que não é apenas a portadora de "uma visão simplista, messiânica até", das coisas da política, como afirma Veja.

Marina Silva tem muitas outras qualificações além de sua experiência como militante dos "empates" comandados pelo líder seringueiro Chico Mendes no Acre.

Leia a íntegra : Marina


29/08/2009

Marina Silva Presidente - Texto de Aninha Arantes

O twuitter é sintético. Você em 140 caracteres tem que passar a idéia. Não é fácil, ainda mais para mim, que critico o expediente de: "óia aqui o link", lhe obrigando uma fugida ao blog do tuiteiro. Nas minhas pesquisas de perfis, vou selecionando as pessoas que realmente conseguem nos 140, passar ou intuir algo intelígível. Na tuitosfera a minha tendência é: sigo aqueles que falam aquilo que quero ouvir (falam = escrevem), caso contrário, meu caráter democrático me impõe o "unfollow" expresso. Entre as pessoas que sigo, Aninha Arantes é uma tuiteira com a técnica dos 140 caracteres e até com menos, consegue expressar seu estado de espírito. Ela se intitula uma blogueira iniciante e uma tuiteira viciada. Eu, um blogueiro mediocre, que ao ler textos bem escritos, os divulgo para que o maior número de pessoas os leiam e conheçam seus autores. Nessa semana que a mídia está "Marinando" encontrei no blog Twitterrorismo esse texto, que aqui repico só um trechinho, é nesse caso vale o " óia o link lá embaixo" 

Ver imagem em tamanho grande



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25/08/2009

Privatização de aeroportos levará ao desmantelamento da malha aérea.

Escrito por Gabriel Brito e Valéria Nader  (publicado no Correio da Cidadania)
25-Ago-2009

Matéria do Correio veiculada em 15 de setembro de 2008 chamava a atenção para que o 'Teatro da privatização terá aeroportos como próximo ato . Dito e feito. A bola da vez é o setor dos aeroportos. Com propostas de privatização da administração do Galeão e de Viracopos (além do novo aeroporto de São Paulo), a presidente da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) Solange Vieira, com o endosso do ministro da Defesa Nelson Jobim, pretende apresentar um plano de entrega desses locais à administração privada. No que conta com o apoio de gente do quilate de José Serra.

Em entrevista ao Correio da Cidadania, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA) Francisco Lemos alerta que o projeto pode iniciar um processo de desmantelamento da malha aérea do país, a exemplo do ocorrido com a ferroviária na metade do século passado, destacando que a Infraero foi considerada no início deste ano a segunda melhor empresa gestora de aeroportos no mundo – além de ser lucrativa.

Dessa forma, Lemos trata a idéia como mais uma tentativa, sem base, de imposição do ideário neoliberal, atento aos setores (super)rentáveis de países desacostumados a posturas soberanas. O presidente do SINA ainda alerta para a questão da segurança: "A primeira medida adotada pelo governo americano após o 11 de setembro foi colocar pessoas ligadas ao Estado no controle dos acessos aos seus aeroportos".

Leia + Correio da Cidadania

Editorial de O Globo



Sob tutela
Quando uma doutrina autoritária chega ao poder, ela pode se expressar de várias formas, e até, à primeira vista e formalmente, dentro da lei. Há medidas tomadas, nas esferas federal e estadual, em que são bastante visíveis as impressões digitais de um tipo de visão segundo a qual a sociedade precisa ser vigiada, tolhida e, se for o caso, punida, para adotar “bons costumes”.

A questão da proibição do fumo em qualquer espaço público comercial, em São Paulo e agora no Rio, é emblemática. Lastreada em propósitos louváveis - a preservação da saúde -, a proibição, por radical, cassa o direito do fumante, ao suprimir as áreas antes reservadas para ele. Outra característica desta doutrina autoritária é eximir o Estado de responsabilidades, punindo terceiros por delitos configurados como tais por este tipo de norma. No caso do fumo, a punição recai sobre o dono do bar, do restaurante, do que seja. Em vez de o poder público se responsabilizar pela repressão, ela é transferida, por imposição pecuniária, a outros.

Este blogueiro não é fumante, e não se sente bem ao sentar-se ao lado de "pessoas em momento fumaceiro", porém em hipótese alguma fará uma delação  destes "dependentes nicotinicos". Desde cedinho não gostava da expressão: dedo-duro.

Leia : O método Serra de calar a crítica



24/08/2009

Nota do Viomundo - L C Azenha



A blogosfera faz o trabalho que a mídia corporativa deveria ter feito. Não faz por incompetência? Ou porque está engajada em um projeto político? Curiosamente, no sábado, 22, a Folha de S. Paulo publicou uma notinha dizendo que o marido de Lina Vieira foi ministro no governo de Fernando Henrique Cardoso. Uma notícia que o Viomundo tinha dado na noite do dia 20, baseando-se no blog Amigos do Presidente Lula. Folha, Estadão, Organizações Globo e Veja estão cometendo harakiri bem diante de milhares de leitores, ouvintes e telespectadores.

Se você acompanha o caso pela blogosfera, já sabe:

1. Lina viajou para Natal no dia 19 de dezembro, supostamente data do encontro entre ela e Dilma Rousseff. Dilma cumpriu agenda pública em Brasília. Quem deu essa notícia primeiro foi a CartaCapital;

2. Levantamento de Stanley Burburinho, publicado no blog do Nassif, a partir da análise das agendas de Dilma e Lina, mostra que nos meses de novembro e dezembro de 2008 houve apenas sete dias úteis em que as duas estavam ao mesmo tempo em Brasília, ou seja, só nessas datas o suposto encontro seria possível;

3. Blogueiros descobriram que Lina, além de casada com um publicitário que foi ministro de FHC, tem uma teia de relações com políticos de seu estado de origem, o Rio Grande do Norte. E agora, essa: foi à casa de Agripino Maia em Natal. Qual o motivo do encontro?


23/08/2009

Dá para confiar? | Luis Nassif

Dá para confiar?
O Estadão censurou matéria de seu repórter - que saiu no Estadão Online - informando que no dia informado como da reunião entre Lina Vieira e Dilma Rousseff, a primeira estava em Natal, a segunda no Rio de Janeiro e, depois, em Porto Alegre.

Desde meados da semana os jornais sabem que Lina informou os senadores de oposição que o suposto encontro com Dilma teria ocorrido no dia 19 de dezembro. E desde sexta sabem que nesse dia Lina estava no Rio Grande do Norte e Dilma no Rio de Janeiro.

Depois de passarem duas semanas acusando Dilma de mentirosa, qual o comportamento dos jornais neste domingo:

Leia + Nassif




Onde estava Wally?


por Luiz Carlos Azenha

A próxima investigação que os jornais e as emissoras de TV engajadas na campanha de José Serra vão negar a você é essa: onde estava Lina Vieira no dia 19 de dezembro de 2008? A ex-secretária da Receita Federal disse a parlamentares da oposição que naquele dia se encontrou com a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, em Brasília. No encontro, Dilma teria pedido a ela para acelerar as investigações relativas a Fernando Sarney, filho de José Sarney, o presidente do Senado que é da base governista.

Leia a matéria na íntegra:  Azenha


22/08/2009

Franklin Martins diz que Lina mente sobre reunião com Dilma

"Ela está mentindo. Não sei a serviço de quem", disse o ministro-chefe da Secretaria da Comunicação

Leia a integra na notícia: Estadão

12/08/2009

Quanto a governabilidade.


Image via Wikipedia
O professor Emir Sader, na Carta Capital (Ed. n. 558) descreve essa situação:

"É feia, sim, horrorosa, a cara da governabilidade"

Lembra que, o eleitorado brasileiro fez a maioria do PMDB, e todos nós sabemos,  que não tem presidente que governe sem o apoio da maioria. "Não é uma questão de paixão mas de necessidade concreta." diz o professor e sociólogo.

"Parece que não existe País, só há duas pautas: Sarney e a CPI da Petrobras. É uma agenda imposta pela mídia, falsa e fabricada" afirma Sader, com o qual este blogueiro plenamente concorda.
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11/08/2009

Ruína de Yeda e omissão da imprensa

Observatório da Imprensa
Ruína de Yeda e omissão da imprensa

Por Luiz Antonio Magalhães em 11/8/2009

Os leitores dos jornalões editados em São Paulo e Rio de Janeiro já conhecem com muitos detalhes cada falcatrua cometida no Senado Federal. Até os pecadilhos dos parlamentares, coisas consideraras (por eles próprios) "menores", como ceder passagens aéreas para familiares, vão logo parar nas manchetes – o último desses casos envolve o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Se alguém perguntar aos leitores o que está acontecendo no Rio Grande do Sul, porém, é provável que a resposta seja evasiva. De fato, a gestão Yeda Crusius (PSDB) à frente do governo gaúcho é uma tragédia de graves proporções e não está merecendo dos grandes jornais uma cobertura à altura do desastre – político e gerencial – em curso nos pampas.

É bem verdade que nos últimos dias, especialmente depois que o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF-RS), protocolou, em . . .

Leia Observatório de Imprensa


08/08/2009

A lei antifumo no Rio e no Recife

Por Robson Lopes

Aqui no Recife para que fosse proibido o fumo em locais públicos a prefeitura apenas noticiou nos meios de comunicação e nos grandes estabelecimentos que faria valer a lei federal que proibia o fumo em locais públicos, e ponto final. E hoje não há fumantes em bares, restaurantes, boates ou shopping centers, e tudo isso foi feito sem nenhum estardalhaço, sem que fosse necessário a criação de um clone de lei para fazer valer o que já estava proibido.

E o pior, a mídia compactua com tudo isso, vende como novidade, em um puro jogo de interesses.
Aqui no Recife ninguém foi desrespeitado, não houve esse banimento aos fumantes, mas apenas se determinou que ambientes públicos não são passíveis de fumo, porque quem não fuma pode ser prejudicado e todos nós aceitamos isso de forma pacífica.

É ridículo o que está acontecendo em São Paulo.

Veja a lei antifuno no Rio


04/08/2009

A guerra suja no Senado - Por Luciano Martins Costa no Observatório de Imprensa

O noticiário político de terça-feira (4/8) não surpreende quem ouviu rádio, assistiu aos telejornais ou acessou os noticiários online na segunda-feira à noite. Mas haveremos de convir que a reprodução do bate-boca que se desenrolou no Senado Federal traz um sabor especial ao leitor. Afinal, aquilo que se esperava pudesse ser o funeral da carreira política de José Sarney acabou se revelando a ressurreição de Fernando Collor e a reedição de histórias de mais de duas décadas atrás, quando Tancredo Neves se lançou candidato à presidência da República.

Por cima de tudo, fica a sensação de que a atual crise no Senado é apenas a nova versão de uma velha guerra suja. E que em política nada se cria e nada se renova.

Quando o senador Pedro Simon, que sobrevive no PMDB do Rio Grande do Sul, subiu à tribuna, muitos repórteres viram confirmada a pauta de suas redações, que esperavam o discurso que poderia representar o começo do fim para José Sarney.

Leia esta matéria na íntgra: Guerra Suja