24/12/2010

Estrelas



Duas estrelas cruzaram o céu.
A primeira trouxe a salvação.
A segunda, destruição.
Está contada a história da Palestina.

07/12/2010

Fw: VUPT! 7-12-10 Prefeito quer entregar saneamento de Santos por 60 anos

 

Boletim Eletrônico da Vereadora Cassandra Maroni Nunes
Partido dos Trabalhadores/Santos-SP - 10 de dezembro de 2010



 

Prefeito quer entregar saneamento à Sabesp por 60 anos

Em cima do final do Ano, o Prefeito deseja que a Câmara aprove o projeto de lei complementar n° 61/2010, que pode trazer graves consequências para o Município. Pela proposta, o Município entregaria à Sabesp a prestação dos serviços de saneamento por 60 anos (30 anos prorrogáveis por igual período).

O projeto contém anexa uma minuta de Convênio, a ser firmado entre Santos, estado de São Paulo, Sabesp e a Agência Reguladora de Saneamento e Energia (ASESP). O documento é vago e possibilita que até mesmo os serviços de limpeza urbana sejam prestados pela empresa.

O convênio faz referência a um contrato, entre Município e Sabesp, cujos termos são desconhecidos. Ou seja, trata-se de um cheque em branco.

Mas o mais estranho é que o Município delegou ao Estado a elaboração do Plano Municipal de Saneamento, que será debatido em audiência pública, somente no próximo 18 de janeiro.

Além de não haver previsão, na Lei Federal n° 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento, de que um ente federativo delegue a outro o planejamento do setor, não tem o menor sentido aprovar esta lei agora, antes da discussão do Plano. Portanto, só razões inconfessáveis podem estar por trás da pressa do Prefeito.



 





 


Acompanhe Cassandra no Twitter:

http://twitter.com/canunes




 




 


 


23/11/2010

Presidente Lula vai dar a primeira entrevista à blogosfera

Por Renato Rovai em seu blog / Revista Fórum


23/11/2010

Amanhã (quarta
-feira) o presidente Lula concederá a primeira entrevista “da história deste país” à blogosfera. Solicitada por um grupo de blogueiros progressistas, ela já tem as presenças confirmadas de: Altamiro Borges (Blog do Miro), Altino Machado (Blog do Altino), Cloaca (Cloaca News), Conceição Lemes (Viomundo), Eduardo Guimarães (Cidadania), Leandro Fortes (Brasilia Eu Vi), Pierre Lucena (Acerto de Contas), Renato Rovai (Blog do Rovai), Rodrigo Vianna (Escrevinhador) e Túlio Vianna (Blog do Túlio Vianna). Outros dois blogueiros buscam desmarcar compromissos para se integrar ao grupo.

O evento acontecerá às 9h da manhã, no Palácio do Planalto, e será transmitido ao vivo pelo Blog do Planalto, pelos blogs que participarão do encontro e por todos que tiverem interesse de fazê-lo. Ainda hoje vamos explicar como isso será possível.

Será uma entrevista coletiva, mas também é um momento de celebração da diversidade informativa. Ao abrir sua agenda à blogosfera o presidente demonstra estar atento às transformações que acontecem no espaço midiático e ao mesmo tempo atesta a importância dessa nova esfera pública da comunicação.

Como as coisas na blogosfera são diferentes e mais colaborativas, não serão só os presentes ao encontro que participarão. A coletiva será aberta ao público que poderá participar enviando perguntas pelo chat. O objetivo é garantir o maior grau possível de interatividade.

Por conta dos senões da agenda presidencial, só agora nos foi confirmado o evento e liberada a divulgação. Por isso temos pouco tempo para nos organizar e produzir a repercussão que a entrevista merece.

Contamos com vocês nessa tarefa: divulgando, transmitindo em seus blogs e fazendo perguntas pelo chat.

A blogosfera dá mais um passo importante.

Um passo “nunca dado na história deste país”.

13/11/2010

Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira Petition

Contra o malfadado projeto de iniciativa do senador mineiro Eduardo Azeredo, conhecido por AI-5 Digital.
Como sempre, quando não interessa à mídia, esta não divulga esse projeto.
Conheça a exposição de motivos. Se você concordar, assine a petição. Eu já assinei.

04/11/2010

Campanha 2010: “melhores” momentos

Publicado na Carta Maior  por Flávio Aguiar

Serra revelou-se um candidato medíocre, sem luz própria, correndo atrás do eleitorado com frases de efeito e de ocasião. Assim, num primeiro passo, proponho aos leitores uma enquete sobre quais teriam sido os momentos mais ridículos dessa campanha.
Haverá muitas análises sobre os motivos da vitória de Dilma Rousseff nas eleições de 2010. Mas sem dúvida um dos motivos da sua eleição chama-se José Serra. É claro que ele encarnou o projeto anti-popular e anti-democrático da coligação PSDB-DEM. Também é claro que para sua candidatura acorreu a nata da escória política brasileira: os saudosos da ditadura, os TFP, a Opus-Dei, mais aqueles que não suportam ver pobre comprando em shopping.

Com isso tudo e para além disso, Serra revelou-se um candidato medíocre, sem luz própria, correndo atrás do eleitorado com frases de efeito e de ocasião. Assim, num primeiro passo, proponho aos leitores uma enquete sobre quais teriam sido os momentos mais ridículos dessa campanha. Alguns deles foram brutais, mas nem por isso deixam de ser ridículos.

1) Serra demora para se declarar candidato, quando todo mundo já sabia que ele seria.

2) Serra começa a novela da escolha do seu vice.

3) Serra aprofunda a novela da escolha do vice, implorando de joelhos que Aécio assuma o papel, depois de aplastá-lo na corrida pela candidatura do PSDB.

4) Serra se afunda na novela da escolha do vice, convidando Álvaro Dias para sê-lo, e em seguida desconvida, porque o DEM faz cara feia e ameaça deixar a coligação.

5) Serra engole Índio da Costa como vice, um desastre como companheiro de chapa, que procura vincular o PT às Farc.

6) Serra anuncia que quem fuma é contra Deus.

7) Serra vai à missa e puxa Ave-Maria.

8) Serra declara Evo Morales cúmplice do narcotráfico, nem que seja por passividade.

9) Serra declara que o Mercosul é uma ficção.

10) Serra anuncia a criação do Ministério da Segurança e o fechamento da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República como compensação.

11) Serra passa a ser “o Zé”.

12) Serra volta a ser Serra.

13) Serra se declara o continuador de Lula, ao mesmo tempo em que é da oposição.

14) Mas Serra teve também brilhantes auxiliares: por exemplo, sua mulher diz a eleitor que Dilma é a favor de “matar criancinhas”.

15) Outros auxiliares entram em cena: O Estadão demite jornalista por delito de opinião e pretende fingir que nada aconteceu.

Ainda mais de auxiliares: lembremos o episódio da "massa cheirosa". E que a Folha de S. Paulo move céus e terra para acessar a ficha de Dilma no STM, depois de divulgar, antes, com estardalhaço, uma ficha policial falsa.

16) Serra se diz verde desde sempre, e que não vai privatizar nada.

17) Serra e próximos a ele brigam continuamente com jornalistas e institutos de pesquisa.

18) A campanha de Serra consegue proibir a circulação de um número da Revista do Brasil e ao mesmo tempo pede “segredo de justiça” para isso.

19) Serra acha “normal” que um bispo peça dois milhões de panfletos apócrifos à gráfica de uma pessedebista de carteirinha, e sem esclarecer quem doou os fundos para a empreitada.

20) Serra diz ser a favor da união cível de homossexuais (afinal algo sensato – nota da redação), que já existe, mas que “casamento é outra coisa”, é matéria de religião.

21) Serra diz que vai passar o salário mínimo imediatamente para R$ 600,00 e dar 10% de reajuste para os aposentados, sem explicar como.

22) Explode uma bomba na campanha de Serra: a bala era de papel, não de prata, e ao invés de explodir na cabeça de Dilma, simplesmente quicou na cabeça do pessedebista. A Globo e a tomografia fizeram o resto do papelão.

23) Serra pede às “moças bonitas” que digam a seus pretendentes que votem nele, para terem mais chances com elas.

24) O grande coadjuvante: o Papa entre na dança, dando uma declaração usada pelos serristas para reativar a questão do aborto. Foi uma extrema-unção, dada à candidatura já moribunda.

E por aí se vai. Deve haver outras pérolas que esqueci, na pressa de redigir. Mais tarde voltarei com novos comentários sobre os rumos e descaminhos desta eleição.


Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.

18/10/2010

CENTRAL DE BOATOS via site SEJA DITA A VERDADE

Matéria originalmentei publicada no site : SEJA DITA A VERDADE 

http://www.sejaditaverdade.net/blog2/

Central de Boatos é uma compilação de emails falsos que circulam sobre Dilma Rousseff, juntei tudo que recebi e fiz seus respectivos desmentidos. Cada link remete ao texto em questão. Espalhem, é importante:
A morte de Mário Kosel Filho: http://migre.me/1pfAb
A Ficha Falsa de Dilma Rousseff na ditadura http://migre.me/1pfCc
O porteiro que desistiu de trabalhar para receber o Bolsa-Família http://migre.me/1pfEJ
Marília Gabriela desmente email falso http://migre.me/1pfSW
Dilma não pode entrar nos Estados Unidos http://migre.me/1pfTX
Foto de Dilma ao lado de um fuzíl é uma montagem barata http://migre.me/1pfWn
Lula/Dilma sucatearam a classe média (B) em 8 anos: http://migre.me/1pfYg
Email de Dora Kramer sobre Arnaldo Jabor é montagem http://migre.me/1pfZH
Matéria sobre Dilma em jornais canadenses é falsa: http://migre.me/1pg1t
Declarações de Dilma sobre Jesus Cristo – mais um email falso: http://migre.me/1pg2F
Fraude nas urnas com chip chinês – falsidade que beira o ridículo: http://migre.me/1pg58
Vídeo de Hugo Chaves pedindo votos a Dilma é falso: http://migre.me/1pg6c
Matéria sobre amante lésbica de Dilma é invenção: http://migre.me/1pg7p
Michel Temer não é satanista, veja o desmentido: http://migre.me/1v4rd
Candidatura de Dilma será impugnada pelo Ficha Limpa. http://migre.me/1v4BZ
Lula quer garantir conforto próprio após deixar a presidência. http://migre.me/1vOat
Dilma no Conselho da Petrobras: este email falso induz ao erro. http://migre.me/1wjlm
Plano Nacional de Direitos Humanos cerceia liberdades. http://migre.me/1xo5j
Entenda o email sobre Dilma e a Lei da Anistia http://migre.me/1xl5u
Resposta ao email que pede várias confirmações sobre Dilma http://migre.me/1xiVE
Denúncias atribuídas ao ex-marido de Dilma são falsas http://migre.me/1ynyI
Neila Alckmin e a profecia fajuta sobre Dilma http://migre.me/1ym6i
Email do vídeo da reunião do Mensalão – uma falsificação grosseira http://migre.me/1y1LK
“Se nos calarmos, até as pedras gritarão”, dizem católicos e evangélicos http://migre.me/1z0RI
Esta é para quem compara os currículos de Dilma e Serra http://migre.me/1yXEG
O email falso sobre os “mortos de Dilma” http://migre.me/1zIaW
Matéria sobre saúde de Dilma é mentirosa http://migre.me/1zDir
Quem aparelha mesmo? Tucanos vão inflar o governo paulista: http://goo.gl/fb/jIPVC
Email sobre ajuda ao povo palestino trabalha com a hipocrisia: http://goo.gl/fb/Up0DI
Informações do site Wikipedia não são confiáveis: http://goo.gl/fb/hL17j
Dilma e Lula protegem mais os recursos ambientais que Serra http://migre.me/1zr8c
Vídeo mente ao falar que Dilma não possui Diploma Universitário http://migre.me/1AmAX
Veja quem é da “Corrente do Bem” de José Serra. Só tem ficha-suja http://migre.me/1AkiC
Mensagem de Dilma aos cristãos: Veja a mensagem de Dilma aos cristãos do Brasil. http://goo.gl/fb/IdPys
O torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra circula nos email apócrifos http://migre.me/1A8gk
Email da Dra. Marise Valéria Santos é falso e antigo http://migre.me/1A7pW
CNBB lamenta uso indevido do nome da igreja nas eleições http://migre.me/1AnaY

14/10/2010

Do Blog do Miro: Manifesto dos católicos e evangélicos

Reproduzo "Manifesto de cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da vida em abundância" , via Blog do Miro :

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”(Lc 19, 40)

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional.
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Feliz do Araguaia-MT.
Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional.
Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia.
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão.
Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana- Maranhão.
Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Feliz do Araguaia /MT
Jether Ramalho, líder ecumênico, Rio de Janeiro.
Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
Zé Vicente, cantador popular. Ceará
Chico César. Cantador popular. Paraíba/são paulo
Revdo Roberto Zwetch, Igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo.
Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia
Maria Victoria Benevides, professora, da USP
Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre.
Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Frei Betto, escritor, dominicano.
Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins.
Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó / SC
Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC.
Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora.
Pe. John Caruana, Rondônia.
Pe. Julio Gotardo, São Paulo.
Toninho Kalunga, São Paulo,
Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
Silvania Costa
Mercedez Lopes,
André Marmilicz
Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS.
Darciolei Volpato, RS
Frei Ildo Perondi – Londrina PR
Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC.
Pe. Luis Sartorel,
Itacir Gasparin
Célio Piovesan, Canoas.RS
Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília.
Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó.
Odja Barros Santos – Pastora batista
Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário.
Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
Rosa Maria Gomes
Roberto Cartaxo Machado Rios
Rute Maria Monteiro Machado Rios
Antonio Souto, Caucaia, CE
Olidio Mangolim – PR
Joselita Alves Sampaio – PR
Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS
Terezinha Albuquerque
PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
Padre Ferraro, Campinas.
Ir, Carmem Vedovatto
Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus.
Padre Manoel, PR
Magali Nascimento Cunha, metodista
Stela Maris da Silva
Ir. Neusa Luiz, Abelardo Luz- SC
Lucia Ribeiro, socióloga
Marcelo Timotheo da Costa, historiador
Maria Helena Silva Timotheo da Costa
Ianete Sampaio
Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro
Antonio Carlos Fester
Ana Lucia Alves, Brasília
Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia.
Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE.
Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN.
Elida Araújo
Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza, agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
Maria Theresia Seewer
Ida Vicenzia Dias Maciel
Marcelo Tibaes
Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
Claudio de Oliveira Ribeiro. Pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP.
Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ – Secretario do CEBI RJ
Sílvia Pompéia.
Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
Dora Seibel – Pedagoga, caxias do sul.
Mosara Barbosa de Melo
Maria de Fátima Pimentel Lins
Prof. Renato Thiel, UCB-DF
Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
Irene Maria G.F. da Silva Telles
Manfredo Araújo de Oliveira
Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
Adriano Carvalho.
Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/Pr.
Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
M. Candida R. Diaz Bordenave
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)
Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo.
Alessandro Molon, parlamentar, Rio de janeiro.
Adjair Alves (Professor – UPE)
Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP
Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
Carlos Cardoso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etnologia da UFBA.
Isabel Tooda
Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco,
Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio
Aristóteles Rodrigues – Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
Nercina Gonçalves
Hélio Rios, pastor presbiteriano
João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.
Maria Tereza Sartorio, educadora, ES
Maria José Sartorio, saúde, ES
Nilda Lucia Sartorio, secretaria de ação social, Espírito santo
Ângela Maria Fernandes -Curitiba 159. Lúcia Adélia Fernandes
Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
Otávio Velho, antropólogo
Iraci Poleti,educadora
Antonio Canuto
Maria Luisa de Carvalho Armando
Susana Albornoz
Maria Helena Arrochellas
Francisco Guimarães
Eleny Guimarães

07/09/2010

30/08/2010

A LUCIDEZ DE MILTON SANTOS

I don't do art for a living, neither for perso...                                            Image via Wikipedia

Tássia Regino  escreve sobre o documentário sobre o geógrafo Milton Santos :
O assunto da semana é um Documentário muito legal que assisti  estes dias e que explora pensamento de Milton Santos, geógrafo e livre pensador brasileiro, que nos deixou em 2001, mas cuja inteligência sempre ilumina questões atuais.

O Documentário é um longa-metragem de Silvio Tendler, chamado "Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá" e que traz à tela, a partir de entrevistas realizadas com ele, o pensamento do Milton Santos, que entre outras coisas dizia que "a maior coragem, nos dias atuais, é pensar"
Além de uma grande figura, professor, negro, exilado e único brasileiro que recebeu o equivalente ao Prêmio Nobel de Geografia, é alguém cuja produção intelectual pode iluminar muito do que temos por fazer, especialmente para quem trabalha na área de política urbana. Dizia-se outsider e tinha coragem de dizer coisas como "não creio que a dignidade seja propriedade de uma ideologia".
O filme tem momentos interessantíssimos e que fazem pensar, especialmente quando ele trata do processo de globalização,para ele, um fenômeno inevitável, mas que é possível mudar a forma como se processa.
Há muitos momentos que a turma que trabalha como eu com políticas públicas vai adorar, como quando, por exemplo, traz o contraste de um grupo de turistas estrangeiros vai fazer o que chamam de "safári" na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, enquanto moradores da mesma comunidade vão passear e se deslumbrar em um shopping center.
Apesar de muito crítico, o filme é esperançoso e ele diz que "nunca na História da Humanidade tivemos condições técnicas, tal como agora, para criar uma vida digna para todos". Certamente por isso o filme abre com uma frase muito legal de Sartre "eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro"
Então eu, que também tenho a esperança como concepção de futuro, trago para vocês: a dica, o link do Trailler do Documentário e algumas frases muito legais do Milton Santos. E desejo a todos e todas um Bom Final de Semana e uma Boa Semana também !

PS: Para quem quiser saber mais sobre ele tem muita coisa na Internet, mas tem também um Vídeo com uma Entrevista dele na TV Cultura.

LINK PARA O TRAILLER DO DOCUMENTÁRIO

FRASES LEGAIS DO DOCUMENTÁRIO

"A clarividência é uma virtude que se aprende pela intuição e sobretudo pelo estudo."

"Descolonizar é olhar o mundo com os próprios olhos."

"O consumo hoje é o grande fundamentalismo."

ALGUMAS CITAÇÕES INTERESSANTES DO MILTON SANTOS

"O mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir."

 "O sonho obriga o homem a pensar"

"Quem ensina não tem ódio"
"A cidade é o único lugar em que se pode contemplar o mundo com a esperança de produzir um futuro"
"O território é o dado essencial da condição da vida cotidiana".
"O território tem que ser entendido como o território usado, não o território em si. O território usado é o chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é o fundamento do trabalho; o lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida."

"O território em si, para mim, não é um conceito. Ele só se torna um conceito utilizável para a análise social quando o consideramos a partir do seu uso, a partir do momento em que o pensamos juntamente com aqueles atores que dele se utilizam".

"A memória olha para o passado. A nova consciência olha para o futuro. O espaço é um dado fundamental nesta descoberta."
"O conforto, como a memória, é inimigo da descoberta. No caso do Brasil isso é mais grave, porque esse conforto veio com a difusão do consumo. O consumo é ele próprio um emoliente, ele amolece."

"Os pobres não chegam a ser cidadãos. E nós, a classe média, não queremos direitos, queremos privilégios".

Sabedoria da escassez – "Fui buscar esse conceito em Sartre, quando ele fala da escassez que joga uma pessoa contra a outra na disputa pelo que é limitado. Essa experiência da escassez é que faz a ponte entre a necessidade e o entendimento. Como a escassez sempre vai mudando, devido a aceleração contemporânea, o pobre acaba descobrindo que não vai nunca morar na Ipanema da novela, que jamais vai alcançar aquelas coisas bonitas que vê. Ele continua vendo, mas está seguro hoje de que não as alcançará. "
"Em que medida ser outsider no meu caso não se deve ao fato de eu ser negro? Os prêmios são um dia e vivem no círculo que sabe deles. A minha vida de todos os dias é a de negro. como tal, mantenho com a sociedade uma relação de negro. No Brasil, ela não é das mais confortáveis."

"O fato de eu ser negro e a exclusão correspondente acabam por me conduzir à condição de permanente vigília"

"Ser negro no Brasil é, com freqüência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá em baixo, para os negros."

 "As técnicas podem ter outros usos que apenas a reprodução de uma suposta ordem universal pré-determinada".

"Não se trata de inventar de novo a roda, mas de dizer como a fazemos funcionar em nosso canto do mundo; reconhecê-lo será um enriquecimento para o mundo da roda e um passo a mais no conhecimento de nós mesmos. Ser internacional não é ser universal e para ser universal não é necessário situar-se nos centros do mundo. Inclusive pode-se ser universal ficando confinado à sua própria língua, isto é, sem ser traduzido. Não se trata de dar as costas à realidade do mundo, mas de pensá-la a partir do que somos, enriquecendo-a universalmente com as nossas idéias; e aceitando ser, desse modo, submetidos a uma crítica universalista e não propriamente européia ou norte-americana. "

"Não cabe, todavia, perder a esperança, porque os progressos técnicos obtidos neste fim de século 20, se usados de uma outra maneira, bastariam para produzir muito mais alimentos do que a população atual necessita e, aplicados à medicina, reduziriam drasticamente as doenças e a mortalidade.
Um mundo solidário produzirá muitos empregos, ampliando um intercâmbio pacífico entre os povos e eliminando a belicosidade do processo competitivo, que todos os dias reduz a mão-de-obra. É possível pensar na realização de um mundo de bem-estar, onde os homens serão mais felizes, um outro tipo de globalização. "
"Não sou militante de coisa nenhuma. Essa idéia de intelectual, apreendida com Sartre, de uma independência total, distanciou-me de toda a forma de militância"

LINK PARA UM PROGRAMA DO GLOBO CIÊNCIA SOBRE MILTON SANTOS


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08/08/2010

Por que apoiamos Dilma? por Mino Carta / Carta Capital


Por Mino Carta, em Carta Capital                                                                                         

Resposta simples: porque escolhemos a candidatura melhor. Guerrilheira, há quem diga, para definir Dilma Rousseff. Negativamente, está claro. A verdade factual é outra, talvez a jovem Dilma tenha pensado em pegar em armas, mas nunca chegou a tanto. A questão também é outra: CartaCapital respeita, louva e admira quem se opôs à ditadura e, portanto, enfrentou riscos vertiginosos, desde a censura e a prisão sem mandado, quando não o sequestro por janízaros à paisana, até a tortura e a morte.

O cidadão e a cidadã que se precipitam naquela definição da candidata de Lula ou não perdem a oportunidade de exibir sua ignorância da história do País, ou têm saudades da ditadura. Quem sabe estivessem na Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade há 46 anos, ou apreciem organizar manifestação similar nos dias de hoje.

De todo modo, não é apenas por causa deste destemido passado de Dilma Rousseff que CartaCapital declara aqui e agora apoio à sua candidatura. Vale acentuar que neste mesmo espaço previmos a escolha do presidente da República ainda antes da sua reeleição, quando José Dirceu saiu da chefia da Casa Civil e a então ministra de Minas e Energia o substituiu.

E aqui, em ocasiões diversas, esclareceu-se o porquê da previsão: a competência, a seriedade, a personalidade e a lealdade a Lula daquela que viria a ser candidata. Essas inegáveis qualidades foram ainda mais evidentes na Casa Civil, onde os alcances do titular naturalmente se expandem.

E pesam sobre a decisão de CartaCapital. Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valer-se das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.

Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria. Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.

Escolha certa, precisa, calculada, a de Lula ao ungir Dilma e ao propor o confronto com o governo tucano que o precedeu e do qual José Serra se torna, queira ou não, o herdeiro. Carregar o PSDB é arrastar uma bola de ferro amarrada ao tornozelo, coisa de presidiário. Aí estão os tucanos, novos intérpretes do pensamento udenista.

Seria ofender a inteligência e as evidências sustentar que o ex-governador paulista partilha daquelas ideias. Não se livra, porém, da condição de tucano e como tal teria de atuar. Enredado na trama espessa da herança, e da imposição do plebiscito, vive um momento de confusão, instável entre formas díspares e até conflitantes ao conduzir a campanha, de sorte a cometer erros grosseiros e a comprometer sua fama de preparado, como insiste em afirmar seu candidato a vice, Índio da Costa. E não é que sonhavam com Aécio...

Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária. Nunca deixamos, dentro da nossa visão, de apontar as falhas do governo Lula. Na política ambiental. Na política econômica, no que diz respeito, entre outros aspectos, aos juros manobrados pelo Banco Central. Na política social, que poderia ter sido bem mais ousada.

E fomos muito críticos quando se fez passivamente a vontade do ministro Nelson Jobim e do então presidente do STF Gilmar Mendes, ao exonerar o diretor da Abin, Paulo Lacerda, demitido por ter ousado apoiar a Operação Satiagraha, ao que tudo indica já enterrada, a esta altura, a favor do banqueiro Daniel Dantas. E quando o mesmo Jobim se arvorou a portavoz dos derradeiros saudosistas da ditadura e ganhou o beneplácito para confirmar a validade de uma Lei da Anistia que desrespeita os Direitos Humanos. E quando o então ministro da Justiça Tarso Genro aceitou a peroração de um grupelho de fanáticos do Apocalipse carentes de conhecimento histórico e deu início a um affair internacional desnecessário e amalucado, como o caso Battisti.

Hoje apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff com a mesma disposição com que o fizemos em 2002 e em 2006 a favor de Lula. Apesar das críticas ao governo que não hesitamos em formular desde então, não nos arrependemos por essas escolhas. Temos certeza de que não nos arrependeremos agora.

Leia Carta Capital



27/07/2010

Dois dos vultos mais emblemáticos da resistência tanto à ditadura dos generais quanto à getulista....

Repercuto este texto, por achá-lo conveniente ao momento. Muitos, por má fé ou por desconhecimento, chamam certos personagens de terroristas, sem se preocuparem com os motivos que levaram à tanta luta e sacrifícios. Essa matéria foi extraída do Portal CMI Brasil - Centro de Mídia Independente. Link ao final.

Lula exalta Marighella e Bezerra, heróis da luta contra duas ditaduras
Por Celso Lungaretti  27/07/2010 às 23:40

Dois dos vultos mais emblemáticos da resistência tanto à ditadura dos generais quanto à getulista....

Carlos Marighella e Gregório Bezerra, foram reverenciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que os colocou no mesmo patamar de Tiradentes, Joana Angélica, Gregório de Matos, Maria Quitéria e Zumbi dos Palmares, como heróis brasileiros que ajudaram o País a conquistar sua independência.

Discursando na passada 5ª feira (22) em Salvador, onde recebeu a Grã-Cruz da Ordem dos Libertadores da Bahia, Lula disse que muitos heróis nacionais foram esquecidos ou apresentados como bandidos: "Isso é um equívoco histórico que foi incutido na nossa cabeça pela doutrina da elite dominante?.

Daí a necessidade, frisou Lula, de resgatar suas histórias e lutas, reconhecendo o que fizeram pelo País e o povo. E acrescentou:

?Nós ficamos às vezes martelando muito mais no castigo a quem matou do que em enaltecer a imagem das pessoas que morreram acreditando numa coisa.

"Vamos pegar por exemplo o Gregório Bezerra que foi arrastado pelas ruas de Recife. Ao invés de nós ficarmos querendo saber quem arrastou Gregório Bezerra, nós precisamos valorizar o significado do sacrifício a que ele foi submetido.

"Poderíamos pegar Marighella que é aqui desta terra. Ao invés da gente ficar querendo condenar eternamente o [seu assassino, delegado Sérgio] Fleury, vamos valorizar as razões pelas quais Marighella fez o que fez.

"E assim a gente iria construindo mais heróis neste País. Iríamos construindo mais gente que pudesse servir de exemplo".

MARIGHELLA: "COMPROMISSO INABALÁVEL COM AS LUTAS DO NOSSO POVO"

Filho de imigrante italiano e de uma negra baiana, Carlos Marighella (1911-1969) ingressou jovem no PCB e já em 1932 era detido por protestar contra o interventor da ditadura getulista na Bahia, Juracy Magalhães.

Foi atuar como organizador do partido no RJ e novamente preso em 1936, quando a polícia política de Filinto Muller o torturou bestialmente.

Incluído na anistia de 1945, elegeu-se deputado em 1946, foi cassado em 1948 e se tornou, na clandestinidade, um dos principais dirigentes do PCB. Preso novamente em 1964, conseguiu reconquistar a liberdade por decisão judicial, em 1965.

Convertido às teses guerrilheiras, organizou a ALN e participou de ações armadas como o sequestro do embaixador dos EUA, Charles Elbrick, que resultou na libertação de 15 presos políticos.

Para evocar Carlos Marighella, nada melhor do que os parágrafos iniciais do manifesto divulgado quando do 40º aniversário de sua morte, sete meses atrás:

"Carlos Marighella tombou na noite de 4 de novembro de 1969, em São Paulo, numa emboscada chefiada pelo mais notório torturador do regime militar. Revolucionário destemido, morreu lutando pela democracia, pela soberania nacional e pela justiça social.

"Da juventude rebelde, como estudante de Engenharia, em Salvador, às brutais torturas sofridas nos cárceres do Estado Novo; da militância partidária disciplinada, às poesias exaltando a liberdade; da firme intervenção parlamentar como deputado comunista na Constituinte de 1946, à convocação para a resistência armada, toda a sua vida esteve pautada por um compromisso inabalável com as lutas do nosso povo".

GREGÓRIO BEZERRA, EXIBIDO COMO TROFÉU E TORTURADO EM PRAÇA PÚBLICA

Gregório Bezerra (1900-1983) foi uma lenda viva no seu tempo.

Nascido no Agreste pernambucano, começou a trabalhar na lavoura de cana com a idade de quatro anos, perdeu os pais antes dos dez, migrou para o Recife, trabalhou como carregador de bagagens e ajudante de obras, paupérrimo a ponto de dormir nas catacumbas de um cemitério.

Já em 1917, como jornaleiro, participou de manifestações de apoio à Revolução Bolchevique e de greves por direitos trabalhistas, sendo condenado a cinco anos de prisão.

Depois ingressou no Exército, alfabetizou-se e, já como militante comunista, liderou em Recife a chamada Intentona de 1935, que lhe acarretou uma sentença de 28 anos de prisão.

Anistiado ao final da ditadura getulista, elegeu-se como o deputado constituinte de maior votação em Pernambuco. Teve seu mandato cassado em 1948 e passou nove anos na clandestinidade, organizando núcleos sindicais.

Preso imediatamente após o golpe de 1964, foi não só torturado em Recife, como arrastado em praça pública com uma corda no pescoço; além disto, colocaram seus pés em solução de bateria de carro, deixando-os em carne viva. Tal espetáculo, exibido pelas televisões locais, provocou protestos em escala mundial.

Permaneceu prisioneiro até 1969, quando foi resgatado no sequestro do embaixador estadunidense. Voltou ao Brasil em 1979, com a anistia.

É frequentemente comparado a Nelson Mandella, pelo longo tempo de prisão por motivos políticos: 22 anos, cinco a menos do que o grande líder africano.

Centro de Mídia Independente - CMI


23/07/2010

Lênin não morreu, viva a contra-revolução humana!


                                                                                                                                  Escrito por ARNOBIO ROCHA

Debatendo bobagens e coisas sérias, trocando idéias e impressões do mundo no twitter muitas coisas hoje proporcionou, inclusive a elaboração desta pequena reflexão sobre as eleições seus personagens, alguns cômicos outros francamente trágicos.

Logo cedo vi a incrível e caricata entrevista do Vice do Serra, ali ao seu lado e fiquei imaginando como se sente Serra naquele instante? Apenas 46 anos atrás ele era Presidente da UNE fez um famoso discurso no centro do Rio de Janeiro,em 13 de março de 1964, que a Direita raivosa usou como desculpa para o golpe.

Ali no mesmo RJ ao seu lado um representante da juventude neo fascista, Lacerdista, mas sem a inteligência e a verve daquele, será que não passou um filme na cabeça do Serra? De presidente da UNE que defendia o Governo Jango, pelas reformas de bases à ladear a TFP revivida, que trajetória.

Talvez o jovem Da Costa tenha tido a coragem, e o mérito, de dizer tudo aquilo que o Velho Serra não teve a hombridade de fazê-lo, aquele discurso rancoroso, típico da Direita mais abjeta, de ver comunista em cada rosto, agora com novo nome (Petistas), da frase “inocente” trololó Petistas , de lembrar o terror, o medo, que sempre caracteriza às classes dominantes nestes momentos. Será que não sobrou uma réstia de decência para interromper as palavras tão loucas e fora de época? Parece que não, sem constrangimento, sem contragosto, apenas o desconforto de ver-se refém da velha UDN, daqueles mesmos que lhe impuseram o exílio, que atrasaram o Brasil por tantos séculos e teimam em voltar.

Quero agradecer ao Serra por ter nos dado um Vice saído direto do túnel do tempo, naquele tempo em que”comunista (não padre) comia criancinha” Esta campanha seria muito modorrenta se não fosse o Vice “guerra-fria” do Serra. Voltamos ao tempo do Medo, da insegurança da ameaça COMUNISTA. Senti-me pré-muro de Berlim, aquele clima, os vermelhos chegando, ouro de Moscou,que adrenalina,obrigado Serra e seu vice fiquei tão empolgado que só ando agora com Manifesto Comunista no netbook. Inclusive voltei a usar codinome, reuniões secretas. a paisagem do “Adeus,Lênin” foi recriada pelo Vice do Serra,agora sim voltamos a viver perigosamente..brasa..mora..valeu bicho.

Duas figuras que se fundem tragicamente Serra e seu Vice. Resta-nos apenas lamentar e tirar algum humor disto tudo.

Leia + Arnobio no Tweeter = @arnobiorocha

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