29/05/2018

O dedo do STF e do Judiciário no caos institucional causado pela greve dos caminhoneiros. Por Kiko Nogueira

Por Kiko Nogueira, no DCM (Diário do Centro do Mundo)
Carmen Lúcia não cumpriu sua missão constitucional, fosse ela qual fosse, nem tampouco trouxe a prometida “pacificação” das instituições, como admitiu candidamente.
Sem o protagonismo exacerbado do Judiciário, o show diário de ministros boquirrotos do STF, o vôo solo de Sergio Moro, o presente pandemônio que vivemos não seria possível.
A greve dos caminhoneiros tem o dedo do Supremo. No entanto, seus membros agem como se não tivessem nada com isso.
Luiz Fux participou, na manhã desta segunda-feira, dia 28/, de um evento sobre os 30 anos da Constituição no Rio de Janeiro.
Um dos patrocinadores era o jornal O Globo, como de hábito.
Segundo Fux, a paralisação “acendeu um sinal quanto à própria realização das eleições”.
Se um movimento semelhante ocorrer em outubro, a distribuição de urnas eletrônicas e a locomoção de pessoas até os locais de votação pode ser afetada, acredita.
Como “cidadão” — sempre a mesma lenga lenga, como se fosse possível dividir o sujeito entre duas entidades, bastando-lhe usar um chapéu diferente —, considera a greve “absolutamente irresponsável”.
A seletividade da Justiça, a demonização dos políticos por parte de Luís Roberto Barroso, o populismo mequetrefe — tudo isso ia dar no quê?
O desastre institucional passa pelo impedimento de Lula assumir a Casa Civil; a orquestração do impeachment de Dilma liderado por Eduardo Cunha; a não votação das ADCs sobre a prisão em segunda instância.
Em fevereiro, Cármen participou de um jantar com representantes de petroleiras estrangeiras. Reuniu-se com Temer em sua casa para tomar um chá.
Sob as barbas do Supremo, a Lava Jato contribuiu para o desmonte das empresas nacionais. Houve um esfacelamento das empreiteiras e de produtores agropecuários como o grupo J&F.
A sombra que cresce agora é a da queda de Michel Temer.
É um salto no escuro.
Para quem assumir? Rodrigo Maia? Cárminha? Quem acredita que teremos eleições diretas?
Quem acredita na Constituição?
Eis o papel da turma de Cármen: a destruição do Brasil. Perto deles, os caminhoneiros são ursos pandas.

28/05/2018

A história desconhecida.


Recebi pelo whatsapp. Penso se bem didático, assim sendo vale uma postagem. Desconheço o autor mas não os fatos narrados. É a história de um Brasil recente. 


A HISTÓRIA QUE OS INOCENTES DESCONHECEM...

Nos últimos dias, várias pessoas desinformadas passaram a fazer publicações falando uma série de bobagens sobre a História do Brasil e pedindo a VOLTA DO MILITARES ao poder. Essas pessoas argumentam que no período da Ditadura não havia CORRUPTOS e não havia CORRUPÇÃO. Essas pessoas devem imaginar que políticos como Sarney e Maluf são jovens de 15 anos de idade, nascidos em 2003, quando Lula assumiu a primeira vez o governo. As pessoas que pregam a INTERVENÇÃO MILITAR e o ÓDIO AO PT acreditam que a corrupção no Brasil começou em 2003...


Então, vamos relembrar alguns fatos que os inocentes não sabem:


01 – O Facebook surgiu em 2004 e o Watsapp surgiu em 2009. Antes desse período, a História do Brasil já existia nos livros, embora as pessoas que pedem INTERVENÇÃO MILITAR não saibam disso, porque as pessoas que pedem intervenção militar preferem imagens e odeiam ler textos com mais de TRÊS LINHAS. Por esta razão, ficam sem saber de nada e compartilham tudo que encontram, sem saber o fundamento.


02 – As pessoas que pedem a INTERVENÇÃO MILITAR não sabem que José Sarney entrou no mandato a primeira vez em 1954 e saiu em 2014, tendo ficado durante 60 anos exercendo mandato. Essas pessoas também não sabem que Maluf começou a vida política como presidente da Associação Comercial de São Paulo, em 1964 e que até hoje está no mandato. Maluf foi um dos maiores apoiadores do Golpe Militar de 1964 e aliado de todos os generais. Sarney e Maluf são apenas dois dos grandes amigos e aliados políticos dos generais da Ditadura. A presença deles era normal nos jantares do Palácio do Planalto.


03 – As pessoas que pedem a INTERVENÇÃO MILITAR não sabem que jornais, rádios, TV’s e outros veículos de comunicação eram proibidos de criticar o governo durante o período dos generais e tinham autorização somente para fazer elogios. Por causa disso, os desmandos e a corrupção do período estão apenas nos livros de história. Como as pessoas que querem a intervenção odeiam os livros, MAIS DO QUE ODEIAM O PT, logicamente que elas não sabem da história dos governos dos generais e fazem questão de não saber.



05 - As pessoas que pedem a intervenção militar acreditam que a Odebrecht foi fundada por Lula e Dilma. Elas não sabem que a empresa foi fundada em 1944 e ganhou porte de gigante durante a Ditadura Militar. A Odebrecht foi denunciada em uma CPI em 1978 e 1979, que investigava corrupção e propina nas obras do COMPLEXO DE ANGRA. Esta obra começou no governo MÉDICI (um dos mais rigorosos generais da Ditadura) e foi até o governo Figueiredo.


06 - As pessoas que pedem a INTERVENÇÃO MILITAR não sabem a USINA DE ITAUPU foi construída pelos militares. A maior produtora de energia elétrica do mundo provavelmente também foi a obra em que mais se desviou verba pública durante o regime militar. Em 1979, o embaixador José Jobim foi encontrado morto com uma corda no pescoço. Sua filha afirma que uma semana antes ele estava na posse de João Figueiredo e havia anunciado que escreveria um livro sobre a corrupção na construção da usina. Jobim participou do empreendimento indo ao Paraguai para negociar as turbinas com a empresa Siemens. Sinais de sangue nas roupas e os pés encostados no chão, mas o investigador concluiu que teria sido "suicídio" sem sequer abrir o inquérito. Nem vamos citar aqui os escândalos do obra da PONTE RIO-NITERÓI.


07 – As pessoas que pedem a INTERVENÇÃO MILITAR não sabem quem foi Delfim Neto e não sabem que ele foi ministro da Fazenda durante o governo Costa e Silva, Médici, embaixador na França durante o governo Geisel e ministro da Agricultura no governo Figueiredo. Sobre ele pesam as suspeitas, também abafadas pela censura e pelo encobrimento de tudo o que ocorreu durante os governos militares, de ter facilitado a Camargo Correa na construção de outras duas hidrelétricas, de Água Vermelha (MG) e de Tucuruí. As denúncias foram publicadas no livro "Ditadura Acabada" de Élio Gaspari.


08 – As pessoas que pedem a INTERVENÇÃO MILITAR não sabem que um dos nomes mais conhecidos dos governos militares, atuando na captura, na tortura e no assassinato de presos políticos, o delegado paulista Sérgio Fernandes Paranhos Fleury foi acusado pelo Ministério Público de associação ao tráfico de drogas e extermínios. Apontado como líder do Esquadrão da Morte, um grupo paramilitar que cometia execuções,  fornecendo serviço de proteção ao traficante José Iglesias, o "Juca", na guerra de quadrilhas paulistanas. No fim de 1968, ele teria metralhado o traficante rival Domiciano Antunes Filho, o "Luciano", com outro comparsa, e capturado, na companhia de outros policiais associados ao crime, uma caderneta que detalhava as propinas pagas a detetives, comissários e delegados pelos traficantes.


09 – As pessoas que pedem a INTERVENÇÃO MILITAR não conhecem a história da rodovia TRANSAMAZÔNICA. Conhecida por ser a estrada que liga o nada ao lugar nenhum, a Transamazônica foi uma obra faraônica bilionária e inconclusa por parte dos militares, durante o governo Médici (1969 - 1974). O projeto previa a ligação do Cabedelo, na Paraíba, à cidade de fronteira Benjamin Constant, no Amazonas. A ideia era seguir até o pacífico pelo Peru e o Equador, uma roubalheira realmente sem limites, combinado ao desmatamento da mata, expulsão de povos indígenas e seringueiros. No fim, a Transamazônica terminou 687 km antes, em Lábrea, e, claro, sem asfalto. Nem por isso, deixou de custar a bagatela de US$ 1,5 bilhões de dólares na época.


10 – Claro que os fatos aqui registrados vão continuar sendo ilustres desconhecidos das pessoas que pedem a INTERVENÇÃO MILITAR, porque as pessoas que querem a volta dos militares odeiam textos com mais de TRÊS LINHAS. É uma pena!!!