31/12/2013

Feliz Ano Novo companheiros !


Ontem, nossa querida colaboradora Tássia Regino, cobrou ao menos uma mensagem de Feliz Ano Novo no blog.  Confesso que por várias vezes peguei a caneta (leia-se teclado) para escrevê-la;  não consegui. O porquê é simples: angústia ! 

Por sorte, hoje, ao abrir o Brasil247, vejo a mensagem de Breno Altman a Dirceu, Genoíno e Delúbio, demonstrando na alma, a mesma inquietude. 


Reproduzo abaixo o texto, e espero que em 2014, o STF retorne ao espírito da Lei e não à exceção.   



Veja a postagem original na íntegra: Carta de Feliz Ano Novo 


BRENO ALTMAN: CARTA DE ANO NOVO A TRÊS CAMARADAS

Edição/247 Fotos: Shutterstock | Folhapress:
"Vocês pagam o preço mais alto pela reação da oligarquia contra os que lutam pela emancipação de nosso povo. Derrotadas nas urnas desde a ascensão do presidente Lula, as forças conservadoras buscam incessantemente um atalho para deslegitimar a esquerda e recuperar o terreno perdido", diz o jornalista Breno Altman, em carta de Ano Novo, endereçada a José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares

25/11/2013

Opinião:

"Joaquim Barbosa faz política usando sua cadeira no mais alto tribunal do país, o que é ilegítimo e antidemocrático. É herói da direita ideológica e dos milhões de desinformados pela mídia"  HÉLIO DOYLE

13/11/2013

Parque Natural de São Bernardo do Campo

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, acaba de assinar o decreto para transformação do Parque Estoril em 1ª Unidade de Conservação Municipal. Com o documento, o espaço passará a ser chamado de Parque Natural Municipal Estoril 'Virgílio Simonato'. Com o decreto, o espaço ganhará 'Calçada da Fauna', com pegadas de animais nativos da Mata Atlântica, 'Capsula do Tempo', onde crianças guardarão seus dizeres, fotos e sonhos em uma cápsula que será enterrada no parque (e desenterrada após 20 anos), e 'Totens Ambientais' com informações sobre animais da Mata Atlântica. Além disso, haverá 'Concurso do Mascote' para o novo espaço. Também foi enterrada uma cápsula do tempo com as impressões que os usuários do parque têm hoje e que será aberta daqui a 20 anos para comparar como estará o espaço. O prefeito também deixou a sua impressão.por Raimundo Silva

10/11/2013

O QUE É VERDADEIRAMENTE IMORAL

Reproduzo texto de Paulo Moreira Leite, publicado em seu Facebook:

DILMA  X  TCU


" Dilma Rousseff tem razão ao condenar a recomendação do Tribunal de Contas da União, que pede a paralisação de sete grandes obras em andamento no país e a retenção parcial de recursos para oito empreendimentos.

Estamos falando de investimentos de bilhões de reais, um dinheiro do povo, que deve voltar a ele na forma de melhorias que estão sendo pagas através de impostos que, como nós sabemos, costumam atingir especialmente o bolso dos mais pobres.

As obras envolvem investimentos necessários. Incluem trechos da Ferrovia Norte-Sul e também da Leste-Oeste, esgotamento sanitário no Piauí, pontes e rodovias, uma refinaria de petróleo em Pernambuco, trens urbanos em Fortaleza e em Salvador. Tudo aquilo que se diz, todos os dias, que o país precisava para ontem e anteontem.

Não conheço nenhuma análise capaz de demonstrar que elas não irão beneficiar nossa infraestrutura, uma carência tão óbvia de nosso desenvolvimento que em breve será estudada por crianças de jardim de infância.

O debate é outro. O TCU encontrou indícios de irregularidades e, em nome delas, pretende que sejam paralisadas. Assim, como se fosse um esporte. Para empregar um termo jurídico, as hipóteses do TCU não foram transformadas em acusação, não viraram denúncia, não foram provadas e tampouco transitaram em julgado. Ainda assim, tenta-se parar as obras de qualquer maneira.

É irracional.

Caso se demonstre que as irregularidades não eram tão irregulares assim, os trabalhos podem ser retomados – dentro de meses, anos, quem sabe décadas.

Mas como é sempre possível encontrar indícios que levem a outros indícios, a paralisação pode se arrastar indefinidamente. Enquanto isso, as obras ficarão mais caras – caso não sejam abandonadas no meio do caminho. Boa parte do trabalho já feito terá de ser refeito. O desperdício ficará ainda maior.

Será uma boa ideia?

Não acho. Creio que ninguém tem dúvidas de que a busca do bem-estar da população é o primeiro princípio moral para toda atividade política legítima.

Desse ponto de vista, o mais adequado é fazer o possível para levar um investimento até o fim, tomando as providências cabíveis na medida em que as irregularidades sejam efetivamente comprovadas.

Os responsáveis podem ser obrigados, inclusive, a devolver recursos que foram desviados.

Pode não ser a solução ideal mas, na prática, é o mal menor. Em qualquer caso, aprende-se também no jardim de infância que a interrupção de uma obra serve, inclusive, para novas chantagens para que seja retomada de qualquer maneira.

Veja-se o caso do metrô paulistano.

É cada vez mais difícil negar que ele foi construído por empresas cartelizadas, que pagavam propinas para autoridades.

Lembrando que as primeiras irregularidades já eram conhecidas há duas décadas, pergunto se teria sido uma boa ideia suspender a construção do metrô até que tudo fosse esclarecido. Imagino quantas estações não teriam sido construídas, quanta linhas teriam sido paralisadas – e tento fazer uma ideia de como milhões de paulistanos estariam se virando para ir de casa para o trabalho. Penso no trânsito, no congestionamento de helicópteros e bicicletas, quem sabe no retorno de charretes à avenida Paulista.

Basta considerar todos os benefícios que o metrô – mesmo superfaturado – oferece à população da maior cidade brasileira para dar a resposta. O erro não foi construir o metrô, apesar dos deslizes e desvios, mas deixar de apurar as irregularidades e desvios quando eles foram descobertos.

É certo que teremos, agora, com as denuncias do TCU, uma pressão muito maior pela interrupção imediata.

A questão é política. Pode-se até imaginar que, como subproduto da insanidade ideológica dos fanáticos pelo Estado mínimo, pretende-se impedir os poderes públicos de levantar até aqueles investimentos que a iniciativa privada não tem a menor possibilidade de colocar de pé com seus próprios meios. Não duvide da ousadia de personalidades cada vez mais distantes da vida real e das aflições da maioria dos brasileiros. Sem votos junto a maioria do eleitorado, eles tentarão se valer de qualquer instrumento, inclusive um tribunal, para impedir qualquer iniciativa que possa beneficiar seus adversários.

Em ano pré-eleitoral, interessa à oposição bloquear investimentos que possam render melhorar a qualidade de vida da população e, por essa razão, engordar o cesto de votos do governo. E vice-versa. Isso vale para Dilma, mas também para todo governador, todo prefeito, que procura fazer não mais do que sua obrigação de melhorar as condições de vida da população.

A opção contrária é simples. Deixar o dinheiro dos impostos render juros para quem aplica na especulação financeira.

Esta atitude representa uma tentativa de boicote ao desenvolvimento do país.

Quem perde, na prática, é a população que deixará de receber melhorias e serviços que já foram pagos.

E isso é verdadeiramente imoral."  Paulo Moreira Leite

08/11/2013

A urgência do Marco Civil da Internet

 

Por José Guimarães

As recentes denúncias de espionagem contra o Brasil pelos Estados Unidos, conforme documentos mostrados pelo ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden, tornaram ainda mais urgente a aprovação de um marco regulatório para a Internet no Brasil. Sua aprovação não resolverá o problema da espionagem, mas é um passo importante para proteger a privacidade da sociedade da cyberespionagem, bem como para promover a inovação e o desenvolvimento social e econômico do Brasil, e impulsionar uma Internet mais igualitária e justa.

O marco será uma lei de princípios e regras gerais. É uma espécie de Constituição do setor, garantindo direitos aos usuários e deveres das empresas que exploramos serviços de Internet no País. Passou a ser conhecido como Marco Civil da Internet, em contraponto a um outro projeto que fora apelidado de AI-5 Digital, porque, se aprovado como proposto, criminalizaria atos corriqueiros na Web, como o simples desbloqueio de um celular. Civil, portanto, em oposição a criminal.

O Marco Civil nasceu da sociedade, construído de forma colaborativa, democrática e aberta. O Ministério da Justiça, em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas, esboçou a primeira minuta, com base no decálogo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), órgão multiparticipativo responsável pela governança da Internet em nosso país. Na Câmara dos Deputados foi colocado novamente em consulta pública no portal e-Democracia e recebeu mais de 45 mil visitas e mais de 2 mil comentários.

Sete audiências públicas foram realizadas e mais de 60 especialistas foram ouvidos pelo relator, deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Possui cinco pilares: a) neutralidade da rede — proibição de tratar os dados que trafegam na Internet de forma discriminatória. Exemplo: priorizar acesso ao site de um jornal, em detrimento do concorrente. Tornara conexão do Skype mais lenta, e assim por diante; b) privacidade online; c) liberdade de expressão; d) inimputabilidade da rede—assim como o carteiro não é responsável pelo conteúdo de uma carta que implique algum dano à honra do destinatário, o provedor de aplicações, como os sites de conteúdo, não podem ser responsabilizados por danos cometidos por conteúdo colocado no ar por terceiros, a não ser que não cumpra ordem judicial que solicite a retirada do conteúdo do ar.

E, por fim, trata da guarda de registros, para investigações relacionadas a atos ilícitos. É uma cartilha de regras gerais. Direitos autorais, crimes cibernéticos e a proteção mais detalhada a dados pessoais, todos ficam para leis específicas. Pessoas de renome apóiam o Marco Civil. Como o físico britânico Sir TimBerners-Lee, considerado o pai da Internet,que disseque seremos referência mundial caso aprovemos o Marco Civil da Internet.

O professor da Columbia University e ex-assessor da Federal Trade Commission — a Agência Nacional de Telecomunicações dos EUA—e que cunhou o termo "neutralidade da rede", Tim Wu, também apoia a iniciativa. Temos um projeto maduro. Amplamente discutido pela sociedade e no legislativo. O Brasil clama por uma Internet aberta, democrática, inclusiva, descentralizada e distribuída. Acesso à Internet é um direito humano. Este é um projeto de Estado, não de Governo. Foi feito pela sociedade, para a sociedade. É de interesse nacional.

José Guimarães é advogado, deputado federal (PT-CE) e líder do partido na Câmara

22/09/2013

Por que Gandra chutou o balde do STF | Conversa Afiada


. . .
Com este Supremo e com o próximo, não se dará mais o Golpe.

De Estado nem no Direito.

É nesse ambiente político renovado que se deve entender a entrevista que chuta o balde.

Se não foi possível pegar o Dirceu, o que acontecerá se o “domínio do fato” sobreviver ?

Agora, a se acreditar nas promissoras entrevistas do Procurador Janot, o pau que dá em Francisco também dá em Chirico.

E, aí, com o Supremo revigorado e o pau em Chirico, o que será do PSDB, do Aécio e sua emissora de rádio, doPrincipe de Privataria e do clã Cerra ?

Quer dizer que o Dirceu tinha o domínio do fato, mas o Príncipe não tinha sobre a compra de voto ?

O Padim Pade Cerra não tinha domínio sobre os fatos que cercam o enriquecimento de sua clã, como demonstrou o Amaury Ribeiro Junior?

É preciso reestabelecer o Direito, rapidamente.

Antes que o Presidente Barbosa legitime a Satiagraha e a Castelo na Areia tucana.

Já imaginaram o “domínio do fato” em vigor na hora em que o pau der em Chirico ? 

Um domínio sem fato bater na porta da casinha que a filha do Cerra empresta ao pai ?

A tropicalização do “domínio do fato”, que o Supremo transformou no turbante da Carmen Miranda, só serve para pegar petista. . . .   (por Paulo Henrique Amorim)

Leia o texto na íntegra:  Por que Gandra chutou o balde do STF | Conversa Afiada

15/09/2013

A Modernidade esquecida



O ART DÉCO EM CURITIBA, por  Marcelo Saldanha Sutil1



www.proec.ufg.br/revista_ufg/Revista UFG - 2010/Files/A 

MODERNIDADE ESQUECIDA.pdf

Do texto, que vale ser lido em sua íntegra, pesquei essa parte que fala sobre a preservação e a memória.

" Não se preserva aquilo que não se tem memória, e para
existir memória é necessário, primeiramente, conhecer para
então se apropriar. Para se apropriar é preciso ter identificação,
enfim... o círculo prossegue. Nesse caso, é fundamental a
consciência de que uma cidade que guarda testemunhos de
momentos históricos variados é uma cidade que se afirma como
espaço urbano, cria uma imagem e valoriza uma paisagem.
Entretanto, uma questão se apresenta: como preservar uma
cidade sem engessá-la, ou pior, sem museificá-la?
A dinâmica própria do meio urbano não pode ser
interrompida, pois antes de ser um bem cultural, cidades
são artefatos cotidianamente trabalhados. Nesse sentido,
faz-se necessário todo um trabalho de identificação, de
inventário e de pesquisa. Faz-se necessário construir uma
memória, pois o passado só nos é dado a conhecer por
meio de representações. E preservar, de certa maneira,
é trazer o passado aos nossos dias. "

Para aqueles que não conseguem sair do mantra: mensalão, mensalão...


     " Se você dissesse hoje que o PT está comprando votos do PSDB no Congresso para aprovar o leilão de Libra -- caso fosse preciso -- todo mundo daria gargalhadas. Pois a ideia de formação de quadrilha no mensalão foi isso: o PT teria comprado votos de deputados conservadores para aprovar uma pauta conservadora! É tão ilógico quanto imaginar que é preciso pagar aos tucanos para que eles sejam entreguistas... " Luis Carlos Azenha

15/08/2013

Ainda tem a Privataria, o trensalão, o Castelo tucano de Areia, as ambulâncias …


" O Ministro Luis Roberto Barroso começa a mostrar que Lewandowski não está só.

Chega de conferir ao PT o monopólio da Caixa Dois.

Como se diz aqui: Caixa Dois é tão brasileira quanto goiabada com queijo.

Acabou o tempo de o imaculado banqueiro ficar de fora do Valeriodantas.

(Quando o presidente Barbosa vai legitimar a Satiagraha e a Castelo tucano na Areia ?)

O Supremo não se compõe mais de Feiticeiras da Salem a endemoniar o PT.

Chega de Ministro do Supremo chamar presidente da Republica eleito duas vezes de safo.

Temos aí a fraude da Globo, que poderia ser reconstituída, por semelhança, em história em quadrinhos, com a onipresente participação do Gilmar Dantas (*).

O Cafezinho enfiou o dedo na fraude da Globo e agora, desmonta, de vez, a acusação sobre o Pizzolatto: o Gilberto Freire com “i” (**) sabe melhor do que ninguém que o dinheiro da Visa net não é publico.

Ele sabe que a gente sabe que ele sabe. " PHA


Extraído do Blog Conversa Afiada - 15/08/2013

07/08/2013

Última Instância - Joaquim Barbosa afronta igualdade republicana

Última Instância - Joaquim Barbosa afronta igualdade republicana
O caput do artigo quinto da Constituição brasileira é insofismável: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.” Mas não é o que pensa, a seu próprio respeito, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.

Diante de informações de que havia adquirido apartamento em Miami através de empresa da qual é titular, a Assas JB Corp, eventualmente violando o Estatuto do Servidor Público e a Lei Orgânica da Magistratura, não se ouviu da maior autoridade judiciária do país um pedido para que fosse imediatamente investigado.

Barbosa reagiu com arrogância típica dos que consideram ter salvo-conduto diante da lei. “No domingo passado, houve uma violação brutal da minha privacidade”, declarou à jornalista Miriam Leitão, em entrevista publicada porO Globo. “O jornal se achou no direito de expor a compra de um imóvel modesto nos Estados Unidos.”

Pouco lhe importa que a questão em tela não seja o que faz com o seu dinheiro, mas a quebra de regras republicanas das quais deveria ser o principal guardião. Manteve-se em silêncio mesmo diante da denúncia de que a sede de sua empresa de fachada é o apartamento funcional que ocupa em Brasília, desrespeitando o decreto 980, de 1993, que proíbe a utilização desse tipo de imóvel para fins comerciais.

Talvez desejoso de aplicar vacina à escalada de revelações que lhe desnudam, o presidente do STF resolveu atirar contra veículos de imprensa que não aceitam sua soberba. “Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques também por parte de uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos”, afirmou. “Eu me permito o direito de aguardar o momento oportuno para desmascarar esses bandidos.”  Leia a matéria completa no link acima.

05/08/2013

A navalha de Paulo Henrique Amorim. Por que interessa a Globo desconstruir as UPPs


Navalha
O destino de Amarildo é questão gravíssima, ainda mais se se confirmar a suspeita de que tenha desaparecido nas mãos de policiais lotados na UPP da Rocinha.
A Delegacia de Homicídios do Rio tem que dar uma satisfação à sociedade, com o esclarecimento do mistério.
Para isso, a Delegacia deve usar todos os instrumentos ao alcance de uma Polícia profissional – como a do Secretario Beltrame – , que opera no âmbito de uma Democracia.
Esclarecer o desaparecimento de Amarildo e de todos os trabalhadores que desaparecem nas mãos da Polícia.
Especialmente no Rio e em São Paulo, onde Caco Barcellos, por exemplo, fez levantamento minucioso e constatou que os mortos não chegam a ser identificados.
Morrem e somem, sem nome.
Amarildo pode significar uma nova era no comportamento da Polícia – do Rio e de São Paulo – onde a vida de um pedreiro valha tanto quanto a de um cachorrinho de madame no Leblon ou em Higienópolis …
Porém, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, diria o Juarez Soares, filosofo heideggeriano.
Uma coisa é o desaparecimento do Amarildo.
Pedreiro, negro, morador numa favela.
Outra é a instrumentalização da Globo.
A Globo elegeu o Amarildo a “crise” da vez.
Por que ?
Porque interessa à Globo desfazer o Sergio Cabral.
Desmanchar o Rio.
Desmoralizar as UPPs.
E o Gabeira é excelente veículo para os três propósitos.
Gabeira tem cabedais tão legítimos para desvendar a morte do Amarildo quanto a do Presidente Kennedy, em Dallas.
Foi Lee Oswald, Gabeira ?
Tem certeza ?
Oito em cada dez americanos acham que não.
Gabeira é um ex-petista.
O que só não é melhor para a Globo que um ex-comunista, como o Roberto Freire.
Gabeira é um arrependido militante da luta armada – um pitéu, para a Globo.
Gabeira é da bancada dos “éticos”.
Gabeira enfrentou o Eduardo Paes/Cabral na campanha para prefeito e quase ganhou.
Gabeira é uma celebridade.
Um Narciso discreto.
Por que desmontar o Cabral ?
Porque o Cabral fez um bom Governo.
Fez um bom Governo porque o Lula o bancou.
Cabral e Eduardo Campos – que hoje milita no campo da Big House (clique aqui para ler sobre o Eduardo Campriles) – são os governadores que mais devem a Lulilma.
Desmontar o Cabral é desmontar o Governo Lulilma.
A UPP só foi possível por causa da Dilma e do Lula.
A UPP é exemplar.
Modelo a ser copiado mundo afora.
Desmoralizá-la é desmoralizar o Lula e a Dilma.
Eduardo e Cabral devem a Lulilma a indústria naval e uma pequena empresa que passou a comprar no Brasil – do Rio e de Pernambuco -, uma tal de Petrobras.
O Cabral se arrebentou porque teve alguns defeitos capitais: governou para agradar a Globo – e a Globo não tem amigos, mas interesses – e, como o FHC e o Aécio, é do tipo de político que gosta de rico.
Foi fácil desconstruí-lo pelo lado da Arrogância do Poder, da frivolidade, do deslumbramento, da insensibilidade, da distancia do povo, do apartamento no Leblon na quadra da praia, da casa em Mangaratiba.
Agora, lamentavelmente, para se recompor com a Big House – exercício inútil – ameaça rever e desfazer algumas obras de seu bom Governo.
Não adianta.
Pode até merecer umas notinhas no Ancelmo, mas, cedo ou tarde, a Globo e o Gabeira pegam ele.
Hoje, a crise é o Amarildo.
Não deve durar muito.
Já, já, o Supremo, o Ataulfo Merval (*) e a FGV-Rio começam a julgar o mensalão.
Agora, sem a presença do brindeiro Gurgel, que foi capaz de passar a mão na cabeça do Cunha e dos malfeitos.
Mas, talvez o mensalão ofusque o Amarildo.
Quando, então, o Gabeira, o Catão de crochê, tratará do Dirceu e dirá “o que é isso, companheiro ?”

25/07/2013


O professor dispara tiros precisos no coração do golpe.

O futuro do atual levante niilista

Por Wanderley Guilherme dos Santos

Regras democráticas e direitos constitucionais não transferem suas virtudes às ações que os reivindicam como garantia. Máfias e cartéis econômicos também são organizações voluntárias e nem por isso o que perpetram encontra refúgio na teoria democrática ou em dispositivos da Constituição. Esgueirar-se entre névoas para assaltar pessoas ou residências não ilustra nenhum direito de ir e vir, assim como sitiar pessoas físicas ou jurídicas em pleno gozo de prerrogativas civis, políticas e sociais, ofendendo-as sistematicamente, nem de longe significa usufruir dos direitos de agrupamento e expressão. Parte dos rapazes e moças que atende ao chamamento niilista confunde conceitos, parte exaure a libido romântica na entrega dos corpos ao martírio dos jatos de pimenta, parte acredita que está escrevendo portentoso capítulo revolucionário. São estes os subconjuntos da boa fé mobilizada. Destinados à frustração adulta.

É falsa a sugestão de que se aproximam de uma democracia direta ou ateniense da idade clássica. Essa é a versão de jornalistas semi-cultos que ignoram como funcionaria uma democracia direta e que creem na versão popularesca de que Atenas era governada pelo Ágora – uma espécie de Largo da Candelária repleto de mascarados e encapuzados trajando luto. Os Ágoras só tratavam de assuntos locais de cada uma das dez tribos atenienses. Em outras três instituições eram resolvidos os assuntos gerais da cidade, entre elas a Pnyx, que acolhia os primeiros seis mil atenienses homens que lá chegassem. Ali falava quem desejasse, apresentassem as propostas que bem houvessem e votos eram tomados. Os nomes dos proponentes, porém, ficavam registrados e um conselho posterior avaliava se o que foi aprovado fez bem ou mal à cidade. Se mal, seu proponente original era julgado, podendo ser condenado ao confisco de bens, exílio ou morte. A ideia de democracia direta como entrudo, confete e um cheirinho da loló é criação de analistas brasileiros.

As cicatrizes que conquistarem nos embates que buscam não semearão, metaforicamente, sequer a recompensa de despertar o País para a luta contra uma ditadura (pois inexistente), apesar de derrotados, torturados e mortos – reconhecimento recebido pelos jovens da rebelião armada da década de 70. Estão esses moços de atual boa fé, ao contrário, alimentando o monstro do fanatismo e da intolerância e ninguém os aplaudirá, no futuro, pelo ódio que agora cultivam, menos ainda pelas ruínas que conseguirem fabricar. Muito provavelmente buscarão esconder, em décadas vindouras, este presente que será o passado de que disporão. Arrependidos muitos, como vários dos participantes do maio de 68, francês, cuja inconsequência histórica (e volta dos conservadores) é discretamente omitida nos panegíricos.

Revolução? – Esqueçam. Das ideias, táticas e projetos que difundem não surgirá uma, uma só, instituição política decente, democrática ou justa. Não é essa a raiz dessa energia que os velhotes têm medo de contrariar. É uma enorme torrente de energia, sem dúvida, mas é destrutiva tão somente. E mais: não deseja, expressamente, construir nada. Sob cartolinas e vocalizações caricaturais não se abrigam senão balbucios, gagueira argumentativa e proclamações irracionais. Os cérebros do niilismo juvenil sabem que não passam de peões, certamente alguns muitíssimo bem pagos, talvez em casa, a atrair bispos, cavalos e torres para jornadas de maior fôlego. Afinal, os principais operadores da ordem que se presumem capazes de substituir são seus pais e avós. Em cujas mansões se escondem, no Leblon e nos Jardins.
Pinçado do Conversa Afiada em 25/07/2013

29/06/2013

UMA ANÁLISE DO DATAFALHA. DÁ PARA FAZER A LIMONADA via Paulo Henrique Amorim


Por que a Folha não divulga, nunca, a avaliação PESSOAL da Dilma ?
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Diante do Datafalha – “Datafalha, Dilma não caiu” -, o ansioso blog procurou reunir alguns pedaços de analise, consultou o Tirésias, o Oráculo de Delfos, o Vasco e outros confiáveis intérpretes, e se permitiu algumas observações:   


Era impossível que, depois do “terremoto neopolítico”,  engendrado na “doença infantil do transportismo”  não ocorresse uma queda  na avaliação da presidenta e de todos políticos, sem exceção.

Porém, Dilma reúne condições para se recuperar por causa dos seus atributos pessoais, do seu governo – o Lulilma – e do campo político do qual faz parte, onde desponta Lula.

Alguns aspectos:

TÉCNICOS

1. Mesmo com a grande queda, o índice ainda é positivo :

a) o número maior é de regular (43%)

b) o segundo é de ótimo e bom (30%)

c) o terceiro ruim e péssimo (25%)

2. Foi mantida a tendência de o aumento do regular ser maior que o do ruim e péssimo;

3. A avaliação por nota continua boa : agora é 5,8 quando antes era de 7,1 (queda de apenas 1,3);

4. Curiosamente, a Folha mais uma vez omite a aprovação pessoal da presidenta (que  deve estar
acima de 50%  – como, normalmente, existe uma proporcionalidade entre a nota e a aprovação, este índice pode estar girando entre 55% a 58% ;

5. Mesmo com toda a queda, este momento de inflexão de Dilma é maior do que o ponto mais baixo de Lula (28%)  e de FHC (13%);

6. E O MELHOR, DO PONTO DE VISTA POLÍTICO :  68% APROVAM A IDÉIA DO PLEBISCITO  E 73% ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE . 


POLÍTICOS
a) seguramente não foi apenas a imagem de Dilma que despencou. Sem dúvida, a de todos os políticos,  em especial a dos principais  chefes de executivos: Alckmin, Cabral, Tarso, Anastasia, Eduardo Campriles, Aécio (por tabela), Paes, Haddad.  
Os prefeitos das grandes capitais também devem ter despencado ;

b) a massa numérica é maior na presidenta por alguns motivos: quem está mais em cima, cai mais forte;

c) em momento de crise aguda, a pessoa que ocupa o poder central vira o maior
alvo, momentâneo, de insatisfações pois além de ser a “grande autoridade” recebe o “lixo” dos problemas localizados de cada Estado;

d) trata-se de um impacto político-emocional, que pode ser passageiro, pois as condições objetivas da vida das pessoas (salário, emprego, consumo) não mudaram tão abruptamente nas últimas três semanas;

e) o dado mais preocupante é que a  crise atingiu seu Governo em um momento já de queda gradativa, por causa da economia);

f) como não há nenhum líder de oposição ou partido capaz de  encarnar a revolta popular, a possibilidade de recomposição da presidenta é mais fácil.
A única exceção é, talvez,  Joaquim Barbosa, que pode reencenar o Fernando Ferrari contemporâneo: o “mãos limpas”;
Mas, como se sabe, Ferrari perdeu.
E se Barbosa tem “mãos limpas” há de ter alguns defeitos para ser um candidato presidencial palatável.
A sua própria isenção ficará comprometida se, em sua presidência, não legitimar a Satiagraha.

Cadeia para todos os partidos, ou o PSDB tem privilegio de fôro ?
E seu ponto mais forte é o fato de a Globo – que sonega impostos – o eleger como “o que mais faz a diferença”.
No Brasil, isso vale mais do que toda a bancada do PMDB na Câmara e a do PT no Senado  …

g) duro, mesmo, vai ser aguentar os mervalicos pigais (*) , as cantanhedes, os prousts de Brasília…

h) Agora, com zé cardozo, Helena Chagas, Bernardão, Gleisi … aí já não é limonada – é óleo de rícino !

Paulo Henrique Amorim - do Conversa Afiada