26/03/2011

O PT e sua democracia interna - publicado na A Tribuna de Piracicaba (link abaixo)



Publicado por admin em 26/03/2011na A Tribuna
Como tantas vezes tantos petistas – inclusive nós – já lembraram, o PT nasceu da resistência e da luta dos trabalhadores contra a ditadura militar e da consciência de que para garantir mudanças reais e vida digna era necessário disputar o poder e governar com projeto alternativo e popular. A ele se integraram milhões de brasileiros oriundos dos mais variados movimentos, com variadas posições quanto ao caminho a ser seguido para atingir esse objetivo. E é essa a origem do surgimento e organização de inúmeras tendências internas, que divergiam quanto aos meios para se atingir os objetivos estratégicos, mas que, ao longo do tempo, foram construindo e aperfeiçoando a convivência democrática e o respeito mútuo.

No PT, assim como em outros partidos e organizações da sociedade civil, uma coisa é o reconhecimento da existência sadia de correntes internas, o respeito às mesmas e o esforço para, sendo maioria, construir sábia e democraticamente a unidade na diversidade para garantir o sucesso do projeto estratégico. Sem essa prática, como apresentar-se nas disputas pelo comando da nação, dos estados e municípios, sem desrespeitar a principal característica da sociedade, que é a pluralidade e a garantia de direitos iguais para todos?

Outra coisa é, nesses 31 anos, o princípio democrático eventualmente ser desvirtuado por alguns integrantes de correntes, cujo entendimento de hegemonia é o de que se pode fazer o que melhor lhes convier, desrespeitar princípios partidários, ignorar as diretrizes que nortearam disputas pela direção, ficar com os melhores instrumentos de garantia de poder e atribuir o “resto” ao restante das correntes, até mesmo para as que obtiverem maioria de votos em processo eleitoral. É deslumbrar-se com a fugaz condição de maioria, renegar a possibilidade de unidade e dividir. Outra coisa também é a predisposição para, sem garantir direito de defesa, julgar à revelia e afastar da direção companheiros pelo fato de exercerem o sagrado direito da liberdade de opção por propostas conciliadoras. Quem, em seus espaços de atuação, já não se defrontou com posturas semelhantes?

Portanto, uma coisa é a existência sadia de correntes internas ... continue lendo, O PT e sua democracia Interna
Denize Lima é presidente do “Núcleo PT Comunidade”. Esther Rocha é secretária.


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