Nossa colaboradora Tassia Regino , nos envia esse e-mail comentando sobre a Tolerância e Diversidade, em um momento conturbado que passamos.
Polêmicas
com um texto da Fernanda Torres na semana passada, os episódios da política
nesta semana, a virulência na internet, se somam num contexto em que é evidente
que o mundo e o Brasil vivem um momento em que cada vez a tolerância e a
capacidade de conviver com a diferença são necessárias.
Por
isso, hoje o meu email de Boa Semana se utiliza de texto e vídeo de algumas
pessoas que escrevem, falam e cantam a diversidade e a tolerância prá
compartilhar com este meu grupo de amigos e pessoas queridas, que é tão diverso,
a minha preocupação e a renovação da minha disposição de ser cada vez mais uma
militante da
tolerância ativa e do
respeito às diferenças e da
valorização diversidade.
A inspiração positiva para tratar deste
assunto veio inicialmente de um vídeo muito legal que recebi esta semana de um
amigo, em que o Leandro Karnal, fala do conceito Tolerância Ativa. Segundo o
Dicionário Houaiss, tolerância é a “tendência a admitir, nos outros, maneiras de
pensar, de agir e de sentir diferentes ou mesmo diametralmente opostas às
nossas”. A tolerância ativa vai além disso e na definição do Karnal significa que se compreenda que a
diversidade é fundamental.
No vídeo ele reflete que “a não aceitação das diferenças faz do
mundo um lugar horrível” e lembra a frase falsamente atribuída
a Voltaire, que tem tudo a ver com o momento que passamos:"Eu discordo totalmente do que você diz, mas vou
defender até a morte seu direito de o continuar dizendo".
E
falando do assunto tolerância e diversidade, claro que eu não podia deixar de
lado a música linda que o meu conterrâneo Lenine fez, celebrando a diversidade,
que já começa lembrando que "foi pra diferenciar Que Deus criou a
diferença".
Eu já tinha decidido
fazer este email, mas ele foi reforçado por uma Peça maravilhosa que está em
cartaz aqui em São Paulo e fomos ver ontem. A peça é “O Topo da Montanha”, com
Lázaro Ramos e Taís Araújo e nela o último dia de vida do ativista Martin Luther
King, que morreu assassinado lutando pelos direitos civis dos negros, é
reinventado de um jeito muito criativo, e apesar de denso, a peça termina sendo
também divertida.Vendo a peça e o que a
intolerância já fez no passado, meu assunto se reforçou. E ouvindo Luther
King
também: “aprendemos a voar como
os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como
irmãos”.
Então prá celebrar a
diversidade e a tolerância, trago de início uma definição da UNESCO sobre
Tolerância, que gosto muito; depois a letra do Lenine e o link dele cantando a
Diversidade; e, por fim, o inspirador vídeo do Leandro Karnal. Procurei
muito um texto do Karnal com o mesmo conteúdo, mas não encontrei. Então,
abaixo do
link para o vídeo, reproduzo um texto de um Portal que fez uma compilação da
fala do Karnal (mas sem o mesmo brilhantismo do vídeo)
Espero que gostem, e
que o apanhado inspire uma semana com a celebração desta vida, que, como diz
Lenine é repleta e que tem “o toque de Deus, a vela no breu e a chama da
diferença”
Um
Abraço e boa semana
Tássia
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TEXTO
DA UNESCO (A ONU institui o dia 16
de Novembro como O Dia Internacional para a Tolerância
)
“A tolerância, nem concessão
nem indulgência, se fundamenta no
respeito e na apreciação da riqueza e
da diversidade das nossas culturas, dos nossos modos de
expressão e das nossas maneiras de
exprimir a condição humana”.
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DIVERSIDADE
Lenine
Se
foi pra diferenciar
Que
Deus criou a diferença
Que
irá nos aproximar
Intuir
o que Ele pensa
Se
cada ser é só um
E
cada um com sua crença
Tudo
é raro, nada é comum
Diversidade
é a sentença
Que
seria do adeus
Sem
o retorno
Que
seria do nu
Sem
o adorno
Que
seria do sim
Sem
o talvez e o não
Que
seria de mim
Sem
a compreensão
(...)
A
humanidade caminha
Atropelando
os sinais
A
história vai repetindo
Os
erros que o homem traz
O
mundo segue girando
Carente
de amor e paz
Se
cada cabeça é um mundo
Cada
um é muito mais
Que
seria do caos
Sem
a paz
Que
seria da dor
Sem
o que lhe apraz
Que
seria do não
Sem
o talvez e o sim
Que
seria de mim...
O
que seria de nós
Que
a vida é repleta
E
o olhar do poeta
Percebe
na sua presença
O
toque de Deus
A
vela no breu
A
chama da
diferença
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