- Quarta-feira, 5 de outubro de 2011 7:30
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
A Prefeitura de São Bernardo entrega sábado a primeira etapa do PAC Alvarenga, na região do Sítio Bom Jesus. São 72 unidades habitacionais, um centro comercial e o primeiro trecho do parque linear de recuperação. A obra teve início em março de 2010 e é a principal intervenção do município em Área de Proteção e Recuperação Ambiental da Billings.
Além do Sítio Bom Jesus, o projeto total prevê a urbanização de outros três assentamentos precários: Jardim Ipê, Alvarenga Peixoto e Divinéia-Pantanal 1 e 2. Com investimento total de R$ 68,5 milhões, irá beneficiar 2.514 famílias.
Na primeira etapa, os novos moradores foram autorizados nesta semana a iniciar o acabamento das unidades, como colocação de pisos e revestimentos. A mudança das famílias deve ter início no dia 18.
UNIDADES
Para a secretária de Habitação do município, Tássia Regino, esta é uma das mais importantes inaugurações do ano. "É a prova de que é possível fazer algo para resolver a ocupação irregular nas áreas de mananciais do município."
Segundo Tássia, até o fim do ano serão entregues 900 unidades habitacionais na cidade, espalhadas pelos empreendimentos Silvina/Oleoduto, Esmeraldas e Vila Esperança.
Projeto leva grafite para espaço onde havia favela
São 191 metros de paredes nuas que ganharam cor e vida no Sítio Bom Jesus. Onde antes havia barracos, hoje há arte. O projeto Mural 191 faz parte da urbanização do núcleo, que inaugura as primeiras 72 unidades habitacionais no sábado.
Com o remanejamento das antigas moradias na encosta do Córrego Alvarenga, foi construído o centro comercial do empreendimento e uma praça. Para dar cara nova ao lugar, foram convidados cinco artistas da região: B-47, Emol, Sapo, Cena Sete e Daniel Melim, o idealizador do projeto. Cada um tem 35 metros para expressar seu trabalho, com exceção do B-47, que por trabalhar em dupla, ficou com 52 metros.
O trabalho está em fase final e será entregue com as unidades habitacionais. Um dos desenhos foi feito pelo artista Odirlei Regazzo, o Sapo. Ele abusou das cores para criar dois pássaros que se comunicam entre si. "A mensagem da minha arte quem cria são os expectadores", comentou.
Já Cena Sete, que mora próximo ao bairro, tem sim uma mensagem a passar: as relações humanas na periferia. "É uma provocação sobre as igrejas e bares da favela. Onde está a loucura e a sanidade?"
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